Francisco Brás, carinhosamente tratado por Chico Brás, morreu esta sexta-feira, dia 29 de setembro, aos 67 anos, na sua casa, em Alcoutim, no Algarve.
Problemas cardíacos afetavam a saúde do ator que deixou a representação regressando à terra natal na altura da pandemia, onde se dedicava ao cultivo da horta.
Francisco Brás fundou o Grupo de Teatro da cooperativa de ensino especial Crinabel e também fundou e encenou o Grupo Teatro Amador do Centro de Cultura e Desporto da Câmara Municipal de Castro Marim. Fez parte do elenco de “Vila Faia” e “Mala de Cartão” e uns dos seus últimos trabalhos em televisão foram na novela “Nazaré” e na série “Ministério do Tempo”.
No grande ecrã participou em longas-metragens como “Francisca” de Manoel de Oliveira (1981), “Camarate” (2001) e “A Outra Margem” (2007), de Luís Filipe Rocha, “O Frágil Som do Meu Motor” de Leonardo António (2012), e “Axilas” de José Fonseca e Costa(2016),
A filha,Sara Brás, também atriz, deixou uma homenagem nas redes sociais: “Pai, meu pai! Pudesses tu acalmar o meu coração. Aguentei todas as ausências, menos esta. Porque desta vez não posso reclamar-te, não posso cobrar que estejas aqui e que sejas o meu pai amigo que me acompanha de braço dado. Reescrevemos a nossa história, e recuperámos o tempo e isso deixa-me feliz. Sempre foste a melhor companhia e agradeço todas as coisas que me mostraste e ensinaste, sou muito feita de ti. Conforta-me que o nosso amor não tenha ficado por dizer. Vou ter saudades das nossas rotas, dos nossos fados dos silêncios que me ensinaste a saborear. Serei sempre a tua pipi. Amo-te pai”.