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Nacional
A enfrentar um cancro pela quinta vez, Marco Paulo não sustém as lágrimas
Marco Paulo e Ana Marques
Redação Lux em 3 de Abril de 2023 às 16:33

Depois do grande susto que foi o seu recente internamento, Marco Paulo abriu o coração a Ana Marques, com quem dividia a apresentação do programa “Alô Marco Paulo”. Numa entrevista muito emotiva, o cantor, de 78 anos, que recusa o epíteto de herói, falou de forma muita honesta e comovente sobre o tumor no pulmão, metástese do cancro da mama que enfrentou há dois anos, sendo esta já a quinta vez que é afligido pela doença.

“Não passa pela cabeça das pessoas o que é ter esta doença, não sou um herói de nada. (...) A minha irmã morreu de um cancro na mama, de metástases na cabeça, e isso assusta-me muito”, confessou mantendo, no entanto, uma fé inabalável em Deus e na sua Nossa Senhora da Saúde. “Deus sempre me deu oportunidade de viver e que esta não seja a última.”

Prestes a começar os tratamentos de quimioterapia e avisado pela médica que o cabelo lhe ia cair, Marco Paulo, muito fragilizado, não susteve as lágrimas: “Não é fácil... não é fácil para uma mulher, não é fácil para um homem” – mas, aceitando que esse é o caminho da cura, reage – ”Mas se é para superar mais uma vez, vou passar por isso e, se eu puder, mesmo careca vou fazer o programa.”

Agradecido pelo apoio que tem tido, dos fãs e daqueles que lhe são próximos, Marco Paulo evocou com especial carinho a dedicação do seu afilhado, Marco António. “Quer-me acompanhar como eu o acompanhei quando ele era pequenino. Sei que ele nunca me vai largar”. 

Proibido de cantar, a grande felicidade da sua vida, para não esforçar o pulmão, Marco Paulo reza para poder fazê-lo o mais depressa possível. “Cantar e conversar com as pessoas é o que  completa. Sou muito feliz a cantar e, o mais breve possível, vai acontecer. Só assim fico completo a cantar”.

Marco Paulo revelou também que decidiu que o seu espólio discográfico e de atuação ficará na sua terra, Mourão, no Alentejo. “Será num lagar de azeite que a Câmara de Mourão transformará num museu e há uma verba das receitas que vai ser para ajudar as crianças da província, que vivem nos montes. Vou doar tudo o que for arrecadado dos bilhetes”

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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