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Nacional
Morreu a escritora Maria Teresa Horta
Maria Teresa Horta
Redação Lux em 4 de Fevereiro de 2025 às 11:24

A escritora Maria Teresa Horta morreu esta terça-feira, dia 4 de fevereiro, aos 87 anos, em Lisboa. A morte deveu-se a causas naturais.

“É com profunda tristeza e sentida mágoa que a Dom Quixote, a pedido da sua família, informa que a escritora Maria Teresa Horta faleceu, esta manhã, em Lisboa.Uma perda de dimensões incalculáveis para a literatura portuguesa, para a poesia, o jornalismo e o feminismo, a quem Maria Teresa Horta dedicou, orgulhosamente, grande parte da sua vida. A Dom Quixote, sua editora, lamenta o desaparecimento de uma das personalidades mais notáveis e admiráveis do nosso tempo, reconhecida defensora dos direitos das mulheres e da liberdade, numa altura em que nem sempre era fácil assumi-lo, autora de uma obra que ficará para sempre na memória de várias gerações de leitores, e que ainda há bem pouco tempo foi eleita, pela BBC, uma das "100 mulheres mais influentes e inspiradoras do nosso tempo. Os livros de Maria Teresa, esses, mantêm-se vivos e continuarão a ter o merecido lugar de destaque no catálogo da Dom Quixote. O local e a hora das cerimónias fúnebres serão oportunamente revelados”, diz o comunicado  da Dom Quixote.

A escritora, poeta e jornalista era a última das "Três Marias" - ao lado de Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, em Maio de 1971 - que desafiaram a ditadura e decidiram escrever um livro a seis mãos, intitulado Novas Cartas Portuguesas, que afrontou o Estado Novo e se afirmou como expoente do feminismo em Portugal.

Nascida em Lisboa, onde frequentou a Faculdade de Letras, Maria Teresa Horta, escritora e jornalista, estreou-se na poesia em 1960, com Espelho Inicial. No ano seguinte participou com Tatuagem em Poesia 61, e tem a sua obra poética coligida em Poesia Reunida (2009). Publicou, posteriomente, Poemas para Leonor (2012), A Dama e o Unicórnio (2013), Anunciações (2016), Poesis (2017), Estranhezas (2018), e a antologia pessoal Eu Sou a Minha Poesia ((2019). Na ficção, é autora de Ambas as Mãos Sobre o Corpo (1970), Ana (1974), Ema (1984), Cristina (1985), A Paixão Segundo Constança H. (1994), e As Luzes de Leonor (2011), romance sobre a Marquesa de Alorna distinguido com o Prémio Dom Diniz, da Fundação Casa de Mateus. Em 2014, editou o volume de contos Meninas e, em 2019, Quotidiano Instável, livro que reúne as crónicas de caracter ficcional publicadas no suplemento «Literatura e Arte» do jornal A Capital, entre 1968 e 1972. Os seus livros estão publicados no Brasil, França e Itália.
Paixão, lançado em 2021, uma homenagem ao amor pelo marido,  Luís de Barros, que morreu em 2019.é o seu último livro

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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