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Nacional
Ricardo Pais regressa ao São João com a música de Monsanto
talvez... Monsanto_Foto de Ensaio 1 © João Tuna
Redação Lux em 4 de Dezembro de 2020 às 11:18

Ao 55.º espetáculo de uma carreira recheada de obras maiores, o encenador Ricardo Pais regressa ao Teatro Nacional São João (TNSJ) com a sua mais recente criação: talvez… Monsanto.

O espetáculo, definido pelo “ideólogo” do primeiro Teatro Nacional criado a Norte como “um milagre de encontro” resulta de uma expedição partilhada com o percussionista Rui Silva e o compositor e guitarrista Miguel Amaral ao icónico lugar beirão. Neste encontro entre teatro, música e palavra – não necessariamente por esta ordem –, assiste-se a uma autêntica pluralidade de matérias-primas transformadas numa singularidade. O espetáculo estreia esta quinta-feira e fica em cena até sábado.

talvez… Monsanto mergulha na histórica aldeia considerada, em 1938, a “Aldeia Mais Portuguesa de Portugal” e reveste-se de músicas e linguagens de cenários urbanos, sem esquecer os ritmos e percussões rurais, aliados a novos “ingredientes tecnológicos”, resultando num concerto único, coreografado por intérpretes como a atriz Luísa Cruz, o fadista Miguel Xavier e as Adufeiras de Monsanto, que se acham personagens de um drama, em cima do palco.

Há um vívido acenar à tradição e à cultura portuguesa. Nas palavras de Ricardo Pais, “tudo está vivo e a mexer, em tempos diferentes, ao mesmo tempo”, num espetáculo com “pessoas no palco, adufes, percussões, guitarra, viola e contrabaixo”. A récita conta ainda com um repertório baseado no cancioneiro popular de Monsanto – com temas tradicionais como Lavrador d’Arada, Arvoredo ou Ó és tão linda – associando ainda textos (parciais ou integrais) de Ruy Belo, como Toda a Terra (1976) ou Transporte no Tempo (1973).
 

 

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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