Foi numa conversa à distância que Maria de Barros contou à Lux como tem sido a adaptação da família à Turquia, desde que o marido, o antigo médio do Benfica, Pizzi, foi jogar para o Basaksehir, em Istambul, num contrato que termina no final da época. Pizzi e Maria Barros têm dois filhos, Afonso, de 6 anos, e Francisco, de 3.
Lux – Como descreve esta nova fase que a vossa família está a viver em Istambul?
Maria de Barros – Está a ser uma aventura, sem dúvida! Eu e o Luís fomos há oito anos para Lisboa, os nossos filhos nasceram lá e construímos a nossa vida em família. Não estamos habituados a andar com a ‘casa às costas’, que é o normal na profissão do Luís.
Lux – Fazer as malas e começar do zero noutro país, para apoiar o Luís, é amor e compromisso?
M.B. – Só assim faz sentido para nós e para a nossa família. Somos muito presentes no dia a dia um do outro e na rotina dos nossos filhos. Não é fácil, principalmente quando tenho os meus projetos em andamento, pois a logística é outra, estando fora. No entanto, não fica nada por fazer.
Lux – Ir para a Turquia foi em algum momento sinónimo de ansiedade para a Maria?
M.B. – Claro que sim! Não sou uma pessoa nada ansiosa, sou sempre muito calma e prática, mas quando me deparei com esta mudança, senti coisas que não conseguia controlar. O que mais me tirava o sono era a adaptação dos meus filhos e ter de deixar a minha vida em Lisboa com tudo o que isso implica.
Lux – As diferenças culturais eram um dos seus receios?
M.B. – Nunca foi um dos meus receios. Tinha ideia de Istambul ser uma cidade incrível e muito cosmopolita. A experiência está a ser incrível e até surpreendente, pois no dia a dia não me deparo com uma realidade cultural muito diferente da nossa, ao contrário da ideia que possamos ter. Claro que temos uma cultura e costumes diferentes, mas não de forma extremista. É muito enriquecedor!
Lux – De que forma os seus filhos se têm adaptado?
M.B. – Falamos sempre abertamente com eles, para que entendam tudo o que se passa. O Afonso já percebe tudo, tem uma perfeita noção de tempo.Para o Francisco, senti que foi mais confuso e, às vezes, ainda percebemos que as ideias na cabeça dele não estão bem claras em relação a esta mudança, mas vamos tentando explicar à medida que o assunto surge.
Lux – Estas experiências também servem para os enriquecer?
M.B. – Sinto que são experiências que temos de absorver e aproveitar ao máximo, nem toda a gente tem a oportunidade de as viver. Acho que os enriquece a todos os níveis.