Indiferente às críticas, positivas e negativas, que lhe foram dirigidas nas últimas semanas, Cristina Ferreira voltou a gerar discussão ao assumir que está “muito de longe de excluir” uma eventual candidatura à Presidência da República, tal como já o tinha feito em 2020.
No primeiro “CNN Entrevista”, a apresentadora e empresária disse: “Gosto muito de política, tenho muita curiosidade em relação ao que é a política e em relação aos políticos do nosso país. Gosto de conhecer o seu propósito. E, durante muito tempo, deixou-me ali… será que é isto que também um dia gostaria de fazer? Seja numa política de mais proximidade, como presidente de câmara municipal, seja na representação maior da nação.”
O cargo de primeira-ministra está fora de questão, mas sobre Belém, não querendo “banalizar” a ideia, assume: “Até ao dia em que morrer não vou dizer que não vou ser candidata, porque não sei se o vou fazer ou não, por muito que me questionem.” E garante: “Iria tentar ser a melhor Presidente da República deste país.” Sobre a sua inclinação política, um tema nunca antes abordado, Cristina Ferreira afirmou: “Sou, naturalmente, de uma família de Direita, embora ache que tenha, ao longo do meu percurso, recebido muita influência de Esquerda. Sou esta mistura que não sei bem definir, mas se tivesse de escolher, ponho-me na Direita. Acho que tem muito a ver com a visão económica da Direita, que foi sempre a mais falada [na infância].”
Franca nas palavras, Cristina Ferreira não deixou perguntas por responder e sobre a sua saída da SIC, em 2020, dois anos antes do fim do contrato, comparou a sua situação com a do antigo treinador do Sporting, Ruben Amorim: “E ele muda. Que grande treinador, vai à procura do que é melhor para ele. Sabes quantas pessoas disseram isso em relação a mim? Muito poucas. É nesses dias que percebes que ainda há uma diferença entre áreas da sociedade, entre ser homem e mulher e eu, para o meu bem e para mal, sou uma das mulheres mais mediáticas deste país.”