Depois de, em maio, ter sido submetido, com sucesso, a uma angiografia às coronárias, Júlio Isidro foi agora operado a um aneurisma na aorta.
O apresentador, de 74 anos, publicou um longo texto em que conta a sua história:
"Diz o médico: - O senhor tem um aneurisma na aorta com 5,9 centimetros.
- Já sabia há quatro anos mas com 4,5 cm. Foi num exame a uma pedra num rim.
- Sabe que tem um assassino silencioso dentro de si? Quando rebenta, a possibilidade de sobrevivência é muito baixa. Porque só agora veio a esta consulta?
- Não foi o prazer do risco. A minha biografia estava para sair, um balanço de vida, a RTP Memória dava-me a oportunidade de estar em televisão e ser respeitado após tantos desrespeitos que tive que engolir em silêncio durante anos. Deve ter sido por isso que a aorta dilatou como um balão - uma gracinha fica bem nestes diálogos no fio da navalha.
- Tenha calma porque em princípio não vai morrer amanhã. Mas com esta dimensão começa a pisar os limites de segurança.
- Então vamos operar porque a minha vida não é morrer. Tenho duas filhas a crescer ainda mais e uma mulher que é o euromilhões da minha existência. E os aviões, e os livros , e viagens e alguns amigos.
- Agora que já fez uma angiografia às coronárias que estão em bom estado para a sua "antiguidade" tem que ser operado até ao fim do ano. Mas se aumentasse mais um centímetro já não saía daqui.
- Isso é que não porque a angiografia que aqui fez pela mão do dr. Vasco Gama, deu direito a tanta exaltação mediática sobre a minha saúde que cheguei a pensar citar Mark Twain " Parece-me que as notícias sobre a minha morte são manifestamente exageradas".