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Núria e Dália Madruga choram a morte do pai
Núria e Dália Madruga - Famosos em prova de degustação no Museu de Arte Popular Foto: Tiago Frazão
Redação Lux em 16 de Novembro de 2020 às 10:12

Núria e Dália Madruga atravessam um momento muito triste das suas vidas. O pai das atrizes, Constantino Silva, morreu esta sexta-feira, dia 13 de novembro, vítima de doença prolongada.

"Pai, sinto-me tão vazia.

Queria dedicar-te as palavras mais bonitas do Mundo... mas seriam sempre poucas para tudo o que nós vivemos.

A verdade, é que éramos mais de abraços, de olhares e de sorrisos marotos.

E foram tantos os olhares que trocámos naqueles silêncios onde nos tiraram o chão, mas que tu, com essa força de guerreiro, tornaste gigante toda a definição de resiliência.

E agora, pai?

Vai ser tão difícil....

Resta-me a Paz por ter estado contigo em todos os momentos.

Já sabes, a qualquer hora e em qualquer lugar, estarei sempre aqui para ti. 🤍

Não te preocupes, os teus Campeões sabem que vais estar sempre por perto a vê-los crescer.

E a mãe? Que mulherão. A garra e a coragem que teve para nunca te deixar ir abaixo.

Que orgulho nos dois.

Amo-te muito, pai.", partilhou Núria Madruga.

 

 

Pai

Não te digo adeus, nunca gostei dessa palavra, é demasiado encerrada em si própria. Prefiro dizer-te até já e garantir-te que aprendi contigo que por maior que seja a provação, depende de nós ultrapassa-la.

Aos 50 quando tiveste o primeiro cancro, fiquei a admirar-te ainda mais, foi tão fácil, apesar daquela conversa dos médicos, do cenário negro que traçavam, tu conseguiste mostrar que nada é impossível e apesar de algumas coisinhas saíste vencedor. Como saíste agora, para nós és um campeão, lutaste de frente, nunca viraste a cara, mesmo quando parecia que estávamos a entrar nos minutos de descontos a perder, tu davas sempre a volta ao resultado. Ganhavas sempre!

Meu primeiro amor, meu grande benfiquista, um avô extraordinário, apaixonado pelos netos, babado até mais não, o colo de avô que queríamos que os nossos filhos tivessem até serem adultos, podia dizer que perderam um pilar, prefiro pensar no que ganharam por terem podido ter um avô como tu.

Tu, meu pai, meu amigo, meu confidente, aquele que mais se ria das minhas piadas tontas, que sempre me apoiou mesmo quando não concordava, nunca nos puseste amarras, mas sempre soubemos que tínhamos chão onde cair, tu eras o chão. Agora és o céu.

Amo-te daqui até ao céu nunca fez tanto sentido.

Amo-te pai!!! Amo-te!!!

19-09-1954 - 13-11-2020, partilhou Dália Madruga.

 

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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