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Nacional
Redação Lux em 16 de Novembro de 2021 às 10:00
Fotos e vídeo: Lux reúne convidados para noite de convívio e tradição dedicada ao fado

Foi no Clube de Fado, em Alfama, que a Lux reuniu um grupo de amigos para se desfrutar de uma noite de convívio à boa maneira portuguesa. Um menu típico, com caldo verde, bacalhau assado, arroz-doce e castanhas, serviu de acompanhamento para os momentos altos do serão, protagonizados pelas vozes de quem tão bem canta o fado. “Gosto de ouvir bons fadistas e bons instrumentistas”, começou por dizer Mico da Câmara Pereira, que não tem dúvidas de que este estilo musical atravessa uma das suas melhores fases: “Hoje em dia, temos uma geração muito boa a cantar fado, assim como de músicos. Acho que nunca estivemos tão bem servidos em termos artísticos.” Um gosto partilhado pelo técnico de futebol e antigo guarda-redes Nelson Pereira, que, na companhia da mulher, Sandra, revelou que são habitués no Clube de Fado: “Esta casa é muito simpática. Gostamos muito de vir cá, passa-se um belo serão. Somos muito apreciadores de fado e temos muitos amigos fadistas.”

As vozes poderosas de Pedro Moutinho, Sofia Ramos, Carlos Leitão e Cristina Madeira embalaram a noite, dando sentimento a alguns fados tradicionais que muitos dos convidados conheciam e acompanharam.

Para Heitor Lourenço, foi uma maneira de reviver um tempo em que também ele cantava, este e outros géneros musicais: “Sempre disse que queria ser cantor, encher estádios e gravar discos! Cheguei a concorrer ao Festival da Canção”, lembrou o ator, recordando o início de carreira, quando pensava em conciliar a representação com a música. As memórias de Heitor Lourenço não se ficam por aí: “Ganhei a Grande Noite do Fado na altura em que estava na faculdade. Um dos jurados era o João Braga... Cantava muito, sobretudo na faculdade pediam-me muito para cantar.”

Apaixonada pelo fado tradicional, Isabel Palmela recorda uma ligação familiar muito especial: “O meu avô, José Palha, foi quem descobriu a Amália. Foi quem a descobriu, a apanhar laranjas. Tínhamos uma ligação muito forte com ela, tanto a minha mãe como o meu pai, e o meu avô então... eram grandes amigos! Por isso se vê a grande ligação que eu tenho com o fado.”

Apesar de não ter esta tradição familiar, Igor Marchesi é a prova de que não é preciso crescer em Portugal para se apreciar o fado. “É um estilo de música muito forte. Sou muito intenso, por isso tem um pouco a ver comigo”, considera o ator brasileiro, que vive em Portugal há sete anos. “Não sou português e nunca serei. Mesmo que viva aqui 30 anos serei sempre um emigrante, mas o fado resume-me um pouco nos sentimentos: na dor, na saudade, no adeus. Vou viver sempre de adeus e saudades, porque estou longe”, explicou

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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