Mariana Cabral, aka Bumba na Fofinha, partilhou um longo post nas redes sociais, dirigindo-se a todos aqueles que se encontram deprimidos nesta fase de confinamento.
A humorista confessa que tem tido momentos baixos: "Tenho dias assim. Dias em que estar sozinha é solitário mas estar acompanhada é demais. Dias em que me apetece um cigarro às 9h da manhã, como uma velha dona de cabaré. Dias em que o meu cérebro, em vez de dormir, faz-me a simpatia de projectar detalhadamente os piores cenários possíveis de tudo, os meus pais a adoecerem, eu sem poder cuidar deles, como reagiria à notícia da sua partida (como se pudesse ensaiá-la), até ao pormenor do que diria na missa de 7º dia imaginária".
"Somos todos ar comprimido neste momento, à beira de detonar. Não rebentamos de forma igual. Há quem aponte dedos, há quem cegue e deixe de acreditar na ciência, há quem espanque massa-mãe com o rolo de cozinha e há quem chore desbragadamente durante uma manhã inteira, refém de loops de pensamento catastróficos e sombrios, como esta que vos escreve", admite terminando o post com uma mensagem de esperança e lembrando a importância do apoio. "Apoiem-se nos vossos e, se precisarem, em profissionais. Um fardo partilhado pesa bem menos. Tenho-o feito e ajuda de forma inquantificável. A Linha de Apoio Psicológico do SNS existe no 808 24 24 24. Força nesses corações."