Uma aventura inesquecível. Martim Ribeiro, filho de Sissi Prata, foi um dos jovens selecionados para experenciar a gravidade zero no primeiro voo parabólico que se realizou em Portugal, vestindo a pele de ‘astronauta por um dia’.
“Foi uma montanha russa de emoções... Ver a felicidade dele encheu-me de tal modo o coração que, apesar de bastante nervosa e apreensiva, só o deixei ver-me sorrir e entusiasmada. Mas a verdade é que quando entrou no avião as pernas me fraquejaram até que, duas longas horas depois, o avião finalmente regressou... e aí sim, festejámos, convivemos em família e com os novos amigos de voo, e foi um dos dias mais felizes das nossas vidas”, conta à Lux a mãe, que acompanhou o filho nesta experiência que se realizou na Base Aérea de Beja, numa iniciativa da Agência Espacial Portuguesa com o nome “Zero-G Portugal - Astronauta por um Dia”.
A técnica simula a gravidade zero a bordo de um avião e é utilizada para treinar astronautas. “Foi um processo longo que culminou com o voo propriamente dito. Durante os seis meses que durou o processo de seleção, nunca duvidei que ele seria um dos finalistas, mas cada fase que ultrapassava era festejada efusivamente. No dia em que foram anunciados os finalistas, aí sim, foi uma guerra de nervos... Jamais esquecerei o momento em que ouvimos o nome do Martim e, sobretudo, a felicidade e orgulho que lhe vi no olhar!”, relata Sissi Prata.
Apesar da alegria pelo objetivo alcançado, Sissi também teve momentos de algum receio pelo filho, de 17 anos: “Claro que sim. Sou engenheira, sei como funcionam as máquinas e, apesar da equipa de profissionais envolvidos ser a melhor possível, estamos a falar de manobras arriscadas pois, por 16 vezes, o avião iria entrar em queda livre a descer a pique, e claro que algo podia correr muito mal. Mas também sou uma mulher de fé e isso deu-me a paz que necessitei para viver esta experiência com firmeza, um sorriso nos lábios, e o coração cheio de felicidade pelo entusiasmo dele”.
Para o futuro, fica a confiança de que Martim continuará a trilhar o seu caminho nesta área: “Desde os 3 anos que percebi ser esta a área que o move, pelo que tive 14 anos para me preparar psicologicamente para os ‘altos voos’ do meu filho. Não tenho dúvida que esta experiência foi apenas o começo de um futuro que se adivinha de muita adrenalina para ambos”.