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Nacional
A celebrar 25 anos de improvisação e dedicado a três programas de TV, César Mourão revela como lida com as expectativas no humor
César Mourão Foto: Artur Lourenço/Lux
Redação Lux em 24 de Janeiro de 2025 às 18:00

O ano começa e com ele se inicia um novo projeto para César Mourão. Trata-se de uma adaptação de “Family Feud”, um game show em que duas famílias entram em competição para ganhar dinheiro e prémios.

“É um programa com muito sucesso em vários países, nomeadamente nos EUA, muito famoso e bem conseguido”, avança o apresentador, que começará a gravar o formato em fevereiro. A este acrescenta-se outra temporada de “A Máscara”, já em exibição, e mais uma do sucesso que é “Terra Nossa”. “A primeira proposta do ‘Terra Nossa’ recusei, disse que não era um programa muito para mim, achava eu”, recorda César Mourão. “Depois pediram para fazer só quatro programas alocados ao futebol e eu disse ‘está bem, quatro faço’… Já estamos em oito anos!”, conclui, sobre o êxito desta aposta da SIC.

Um programa que o tem conquistado por ser surpreendente e imprevisível: “A minha formação é de ator, mas começo a fazer improvisação há 25 anos, com ‘Comédia a la Carte’. Este programa vive muito dessa improvisação. Não penso numa piada, não sei quem é que vou encontrar (peço à produção para não me dizer), não faço ideia do que é que vou ver… Vou muito disponível para tudo o que possa acontecer. Então, cria-se uma verdade no programa que passa para o espetador. Satisfaz-me muito ter essa verdade e essa espontaneidade.” Uma forma de encarar o projeto que se coaduna com a maneira como olha para o humor, explicando que não se sente forçado a ter graça. “Sou ator, na minha essência não sou um comediante, portanto não tenho essa pressão. Quando temos a pressão de ter graça tudo se torna mais difícil. Na improvisão tenho vindo a aprender isso. Se aliviarmos a pressão de ter piada, vai ter porque estamos todos a comunicar, uma ideia puxa outra e temos que saber ouvir, aceitar e ir atrás. Faço isso com os programas, não vou a achar que tenho que ter graça, não sou comediante nesse sentido”, explica. E acrescenta: “Tenho um quotidiano, uma imagem televisiva e uma personalidade em que a câmara liga e eu tenho aquele registo, mas é um registo meu, natural. A graça vem pelo seu todo, vem pela naturalidade e pela situação.”

É também com descontração que encara o futuro e nem o facto de se mudar de ano o leva a traçar metas: “Nunca tive nenhum objetivo na vida, continuo sem ter. Se me perguntar o que quero fazer daqui a 10 anos, não tenho essa resposta. Tudo o que me aparece, vou vivendo com isso no dia a dia. 31 de dezembro para 1 de janeiro é-me exatamente igual a 14 para 15 de março. Não tenho qualquer meta. Não penso nisso na minha vida e nunca pensei.”

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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