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Teatro Nacional D. Maria II reabre a 22 de setembro com espetáculo de Pedro Penim
D. Maria II Foto: Filipe Ferreira
Redação Lux em 24 de Junho de 2022 às 11:32

O Teatro Nacional D. Maria II apresentou hoje a programação da sua Nova Temporada, que se inicia a 22 de setembro e que marca as últimas apresentações no Rossio, antes do início das obras que decorrerão durante todo o ano de 2023.

Sob o mote Antecipar o Futuro, da nova Temporada fazem parte oito espetáculos - quatro produzidos ou coproduzidos pelo D. Maria II e quatro espetáculos internacionais - e ainda várias atividades, de diferentes naturezas. Uma programação que conta, pela primeira vez, com criações selecionadas por Pedro Penim, Diretor Artístico deste Teatro, e ainda com projetos programados pelo seu antecessor, Tiago Rodrigues.

A Temporada inaugura com a estreia de Casa Portuguesa, a primeira criação de Pedro Penim enquanto Diretor Artístico do D. Maria II. Uma produção deste Teatro que reflete sobre o organismo família e a sua organização social em Portugal, olhado o passado e questionando o presente. Já a Sala Estúdio, reabre com o Ciclo Antecipar o Futuro, um programa de cultura contemporânea, dedicado ao pensamento, à política, à tecnologia e à arte que há de vir, composto por dois projetos: Cosmic Phase/Stage, da autoria de Ana Libório, Bruno José Silva, Carlos Cardoso e João Estevens; e Atlântida (título provisório), de Odete. Este Ciclo é desenvolvido em parceria com a NTT Data, parceiro de inovação do D. Maria II.

Da lista de espetáculos programados, fazem ainda parte: Zoo Story, um espetáculo de Marco Paiva, a partir de Edward Albee; Cadernos de, uma criação de Raquel S.; e Espelhos e Monstros, de Paula Diogo. O último quadrimestre do ano traz também aos palcos do D. Maria II duas produções internacionais: Ça Ira (1) Fin de Louis, um espetáculo do criador francês Joël Pommerat; e Dobra, uma criação de Romain Beltrão Teule.

Em novembro, o Alkantara Festival volta a ter lugar no D. Maria II, acrescentando à programação os espetáculos The Making of Pinocchio, de Rosana Cade & Ivor MacAskill; e Mascarades, de Betty Tchomanga.

A Nova Temporada coloca também em foco o texto de teatro, com duas atividades que se desenvolvem com base em leituras encenadas. A propósito das Comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil, e em associação com a Embaixada do Brasil em Lisboa, acontecerá a atividade de entrada livre Leituras Encenadas de Teatro Brasileiro, que trará ao Salão Nobre Ageas quatro textos da dramaturgia do Brasil. Da mesma forma, a 6ª edição do Festival Esta Noite Grita-se fará ecoar no Salão Nobre Ageas as palavras do texto vencedor do concurso “Prémio Nova Dramaturgia de Autoria Feminina”, em duas sessões.

Nos últimos meses do ano, haverá ainda espaço para várias atividades que têm vindo a marcar a programação do D. Maria II ao longo de várias temporadas, como o Clube dos Poetas Vivos, desenvolvido em parceria com a Casa Fernando Pessoa; e o Ensaio Geral ao Vivo no D. Maria II, que traz à Livraria do Teatro o magazine cultural da Renascença. Na área da infância e juventude, terá continuidade o projeto de espetáculos para a infância Boca Aberta, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central. Também para este público, reabrem as candidaturas para a nova edição de PANOS – palcos novos, palavras novas - projeto de incentivo ao teatro juvenil e à projeção das novas dramaturgias. Como forma de promover e impulsionar os profissionais da área das artes performativas, será ainda atribuído o Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II.

Em linha com a missão do Teatro decorrem os projetos: Rede Eunice Ageas que, em parceria com o Grupo Ageas Portugal, continuará a assegurar uma atividade teatral de qualidade em vários municípios; e Próxima Cena, projeto que conta com o BPI e a Fundação “la Caixa” como mecenas e através do qual se pretende promover a criação e digressão de espetáculos em territórios de baixa densidade populacional. No âmbito do calendário de digressões, serão apresentados os espetáculos Catarina e a beleza de matar fascistas e Zoo Story, em vários palcos nacionais e internacionais.

Ruy de Carvalho é um dos nomes de destaque da Nova Temporada, que reserva ao ator uma homenagem pelos seus 80 anos de carreira. O Teatro Nacional D. Maria II associa-se assim ao programa de comemorações da efeméride, celebrando um dos atores mais aclamados pelo público português, no palco onde trabalhou durante uma boa parte da sua carreira e no Teatro que será sempre a sua casa.

Nos próximos meses, e em continuidade com o trabalho editorial da Livraria do Teatro, serão ainda lançados cinco novos títulos: duas obras originais; dois títulos que integram a coleção “Biografias do Teatro Português”; e uma obra que se junta à coleção “Textos de Teatro”.

À semelhança do que tem vindo a acontecer, o Teatro Nacional D. Maria II continua a desenvolver um trabalho continuado ao nível da acessibilidade, com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (Patrocinador para a Acessibilidade), concretizando o objetivo de tornar todos os espaços do edifício - públicos e de bastidores - totalmente acessíveis e alargando ainda mais a oferta para públicos com necessidades específicas, permanentes ou temporárias.

Setembro a dezembro é o período que antecipa o tempo futuro em que o D. Maria II encerra as portas do Rossio para iniciar um périplo por todo o território, com o projeto Odisseia Nacional. Em 2023, terá lugar uma operação inédita, histórica e de larga escala que, nas palavras de Pedro Penim «atende à missão do Teatro Nacional D. Maria II, consagrada na lei, onde está expressa a necessidade de potenciar a relação do teatro com todo o território português. Mais do que descentralizar, o D. Maria II quer procurar novos centros, envolvendo populações, agentes culturais e a administração autárquica, de mais de 90 municípios. Um momento em que toda comunidade é convocada a pensar o território português, através da arte teatral.» Com a Odisseia Nacional, o Teatro estará presente em todo o país com espetáculos, coproduções com agentes locais, projetos de comunidade, ações pedagógicas com instituições de ensino, eventos de pensamento, ciclos de formação e uma grande exposição dedicada aos últimos 100 anos do teatro português. 

 

 

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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