O Ministério Público (MP) acusou José Castelo Branco “pela prática de um crime de violência doméstica” contra a mulher, Betty Grafstein, considerando que o arguido “agredia física e verbalmente” a mulher desde o início do casamento, celebrado em 1996, segundo se pode ler numa nota divulgada esta segunda-feira na página do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
Segundo a acusação, o “arguido forçava a vítima a vestir roupa que escolhia, a ser maquilhada por si e a calçar sapatos que lhe provocavam dores”.
Estes factos prolongaram-se até maio de 2024, quando Betty foi internada num hospital, “na sequência de um empurrão alegadamente desferido pelo arguido”.
“Com as condutas descritas, o arguido, de 61 anos, atuou com o propósito concretizado de maltratar a vítima, de 95 anos, molestando-a no seu corpo e saúde psíquica, injuriando-a e atemorizando-a, bem sabendo que era a sua mulher e estando ciente da idade desta”, declara o MP.
O inquérito foi dirigido pela Secção Especialização Integrada de Violência Doméstica (SEIVD) de Sintra do DIAP Regional de Lisboa e a acusação do MP foi deduzida a 4 de novembro.
Recorde-se que, em maio, José Castelo Branco foi denunciado por profissionais médicos do Hospital CUF de Cascais e detido pela GNR. Por decisão do Tribunal de Sintra ficou impedido de contactar a vítima e de permanecer no hospital onde a mulher se encontrava internada na altura. Ficou proibido de se aproximar da mulher, a menos de um quilómetro, sujeito a meios técnicos de controlo à distância (pulseira eletrónica).
Betty Grafstein regressou a Nova Iorque no dia 4 de junho.