Carlos Daniel sofreu a perda do pai, José Alves, que morreu no passado domingo, dia 24, aos 87 anos.
Foi essa a razão porque o jornalista esteve ausente na emissão especial das presidenciais na RTP.
“Obrigado a todos, tantos, por todo o carinho nestes dias. O meu pai será sempre o meu maior exemplo e a maior inspiração, na ambição de fazer sempre mais, mas na obsessão de nunca atropelar ninguém no caminho. Nem deixar ninguém para trás. Empreendedor de verdade, dos que começam do zero, foi empresário de sucesso, na indústria e no comércio, futebolista de mérito no seu União, treinador de jovens durante décadas, fez teatro e pintura (como desenhava bem o meu Zemi!), passou pela comunicação social (teve durante 20 anos O Progresso de Paredes como o seu brinquedo trabalhoso e ajudou ao nascer da rádio), esteve em tudo o que era associação local, quando Paredes, a terra que tanto amava, o reclamou. E, sobretudo, fez amigos, em tantas terras e de todas as idades, até ao último dia, porque cuidava das pessoas, gostava de pessoas, de as tratar pelo nome, de lhes conhecer a história e a vida. Neste tempo em que vivemos cada vez mais longe um dos outros não é coisa pouca, Devo-lhe (e à minha querida mãe) mais do que algum dia poderei retribuir. Eu, o Miguel e o Flávio (de quem ele terá ido à procura mal partiu) fomos também, de longe, quem ele mais amou, a par da Dinha. Mas também ninguém o amou, ama, como nós. Numa hora destas, em que as saudades doem e arrastam lágrimas, nada compensa mais do que poder lembrá-lo assim e assumir este orgulho imenso de ser filho do Zé Maria”.