Depois de “Fados de Amor”, disco amplamente elogiado pela crítica, vencedor do Prémio Amália Rodrigues para melhor CD de Fado e nomeado pela revista Songlines para melhor álbum do ano na World Music, Rodrigo Costa Félix regressou com o novo álbum "Tempo", já editado nas plataformas digitais.

Neste novo trabalho, Rodrigo assume definitivamente a sua faceta de letrista, assinando 6 dos 12 temas do disco.

À Lux, o fadista de 48 anos, explicou o seu processo criativo como letrista:

"Eu sempre gostei de escrever. Mas como adoro poesia, sempre fui muito exigente com a qualidade dos versos que escolho para cantar. Principalmente com os meus. Acho que tenho vindo a melhorar a qualidade da minha escrita, pelo que consegui reunir um conjunto de letras que considerei terem qualidade suficiente para serem gravadas. Claro que as submeti primeiro ao olhar crítico do Tiago Torres da Silva, que co-produziu o disco comigo. Mas não sou poeta. Não sinto uma necessidade constante de escrever. Tenho períodos mais criativos, mais inspirados. Então, normalmente, penso numa melodia, quase sempre num Fado tradicional, e desenvolvo alguma ideia que me tenha surgido. E quando isso acontece, sou capaz de escrever um poema em dez minutos. Nem sempre é assim, mas é muito bom quando os versos fluem desta maneira".