A sétima edição do prémio de Artes do Casino da Póvoa distingue este ano o pintor e escultor Júlio Pomar, com 86 anos.
Além de uma obra de Júlio Pomar, que passa a integrar a coleção de arte da concessionária do Casino da Póvoa, vai ser publicada uma monografia em português e francês, denominado «Júlio Pomar - Imagem, Discurso, Memória», de autoria de Laura Castro, uma realização editorial da Cooperativa Árvore.
A monografia será ilustrada por algumas das obras mais representativas do artista, e simultaneamente mais reproduzidas de toda a arte português já que Júlio Pomar «é um dos artistas que faz a travessia completa entre os meados do século 20 e atualidade, evidenciando a sua obra traços, sinais e aspetos característicos dos tempos percorridos», refere o casino em comunicado.
A entrega do prémio a Júlio Pomar e a apresentação do livro terá lugar no Casino da Póvoa em 24 de novembro, num jantar/homenagem oferecido a diversos convidados e com animação musical de Carlos do Carmo.
No âmbito do prémio, e igualmente, apoiada pelo Casino da Póvoa, vai realizar-se na cooperativa Árvore, no Porto, a exposição «Atirar a albarda ao ar», constituída por oito telas temáticas de Júlio Pomar, a inaugurar no dia 9 de novembro, que aberta ao público até 1 de dezembro.
Júlio Pomar, nasceu em Lisboa em 1926, tendo frequentado a escolas de Belas-Artes de Lisboa e Porto. A sua atitude de combate ao regime ditatorial estabelecido leva-o a ter de desistir da frequência das aulas e a impossibilitar a atividade de docente da disciplina de desenho no ensino secundário.
A sua primeira exposição individual foi em 1947, no Porto, revelando o artista a influências dos grandes muralistas mexicanos, como Diego Rivera, do neorrealismo de que viria a ser um dos nomes maiores na pintura. É um profundo admirador de Goya, cuja influência integrou numa passagem para uma pintura de cariz mais abstrato.
Lusa