Maria de Lourdes Resende morreu no dia 25 de novembro, na sua residência, em Lisboa, aos 95 anos.

A cantora deu voz a sucessos como "Alcobaça", "Não, Não e Não" ou "Feia",  tendo sido eleita por duas vezes, em 1955 e 1962, "Rainha da Rádio", numa iniciativa da revista Flama.

Em 1955, representou Portugal no Festival da Canção de Génova, onde arrecadou o 1.º lugar na categoria Canção Regional com "Alcobaça", de Silva Tavares e Belo Marques e estreou-se no teatro na revista "Abril em Portugal", seguindo-se o musical "Bailados e Cantares de Portugal".

Em 1956 foi eleita Rainha do Espetáculo, numa iniciativa da revista de música e espetáculos Plateia e no ano seguinte fez parte do elenco de "Canções a Granel", um dos programas da emissão inaugural da RTP.

Em 1967 concorreu ao Festival RTP da Canção com "Não Quero o Mundo", que se classificou em 3.º lugar.

Em 1970 o Governo português condecorou-a com Comenda da Ordem de Benemerência, em palco, no Teatro Monumental, por ocasião dos seus 25 anos de carreira.

Em 1987 foi distinguida com as Medalhas de Prata dos Municípios do Barreiro, Alcobaça e Lamego, dois anos depois, em abril de 1989, foi homenageada no Porto, numa iniciativa dos locutores Olga Cardoso e António Sala, da Rádio Renascença. A Câmara do Barreiro, cidade onde nasceu a 29 de janeiro de 1927, voltou a distingui-la, desta feita com a Medalha de Ouro.

Em 29 de abril de 1995 Maria de Lourdes celebrou os 50 anos da sua estreia, num espetáculo em Alcobaça, município que atribuiu o seu nome a uma da rua da vila.

Os seus êxitos encontram-se compilados nos CD "O Melhor de Maria de Lurdes Resende" (1992), pela EMI Music-Valentim de Carvalho, e num editado em 1993 pela discográfica Estoril Discos, e, em 2009, "O Melhor de Maria de Lourdes Resende", pela IPLAY/Valentim de Carvalho, além de fazer parte de várias coletâneas de música ligeira como "Canções de Ouro" (2010), da Novoson.

Em janeiro de 2019, o Presidente da República condecorou a cantora com a Ordem do Mérito, grau comendador.