No âmbito do Dia Mundial da Vida Selvagem, assinalado todos os anos a 3 de março, a Comissão Europeia lançou este ano uma nova aliança pela biodiversidade, a nível global (Global Biodiversity Coalition).
Antevendo a 15ª reunião da Conferência das Partes (CoP 15) da Convenção sobre a Diversidade Biológica, a Comissão Europeia decidiu encorajar instituições nacionais como parques, aquários, jardins botânicos, jardins zoológicos, museus de história natural e ciência a unirem esforços pela sensibilização do público para a crise ambiental que atravessamos, incentivando a um maior envolvimento da comunidade na conservação das espécies e dos seus habitats. Através das suas coleções, projetos de conservação e programas de educação ambiental, estas entidades são verdadeiras embaixadoras pela consciencialização da sociedade para a necessidade urgente de agir pela biodiversidade.
Durante a CoP 15, é esperado que as 196 Partes da Convenção sobre a Diversidade Biológica adotem um novo quadro global para proteger e restaurar a natureza, tão necessário quanto o Acordo de Paris, centrado na crise climática. No seguimento desta reunião, o foco da aliança pela biodiversidade será a realização de ações coordenadas com impacto tangível na curva da perda de biodiversidade.
A esta aliança global pela biodiversidade, já se juntaram instituições como a WAZA – World Association of Zoos and Aquaria – e a EAZA – European Association of Zoos and Aquaria. Em Portugal, a APZA – Associação Portuguesa de Zoos e Aquários – assumiu este compromisso e passa a integrar também esta aliança. A APZA, fundada em 2006, tem como principal objetivo promover a colaboração entre os zoos e aquários portugueses, sendo formada por sete instituições que contribuem diretamente para a conservação da natureza e da biodiversidade: o Aquário Vasco da Gama, o Grupo Lobo, o Jardim Zoológico, o Oceanário de Lisboa, o Zoo de Lagos, o Zoo Santo Inácio e o Zoomarine.
A necessidade urgente da sociedade humana em compreender os efeitos cada vez mais acentuados da perda da biodiversidade reforça a importância desta aliança. Torna-se assim essencial influenciar positivamente as atitudes, emoções e comportamentos em relação à natureza, através da educação para a conservação. “No final, só vamos conservar aquilo que amarmos. Só vamos amar aquilo que compreendermos. Só vamos compreender aquilo que nos ensinaram” (Baba Dioum).