Morreu o ator António Cordeiro. Tinha 61 anos e lutava há quatro anos contra uma Paralisia Supranuclear Progressiva, uma doença degenerativa. Ao seu lado esteve sempre a mulher, Helena Almeida, que se dedicou ao ator “de corpo e alma“, como disse o amigo José Raposo: “Ela passou a ser os braços, as pernas, o corpo do António.” No início da pandemia, o ator tinha estado hospitalizado durante 14 dias, com uma pneumonia bacteriana. Recuperou, mas os problemas de mobilidade agravavam-se cada vez mais e, em março, foi viver para a Casa do Artista.

A  Academia Portuguesa de Cinema pesou a morte do ator nas redes sociais:

"É com tristeza que informamos que nos deixou hoje o Actor António Cordeiro. Com um longo percurso em televisão iniciado com 'Duarte & Companhia' (1987), em séries, mini séries e telefilmes, mas também em curtas e longas metragens como nos filmes de João Mário Grilo, 'O Processo do Rei' (1990), 'Os Olhos da Ásia' (1996) e 'Duas Mulheres' (2009), 'Milagre de Lourdes' (2011) de Jean Sagols, 'Índice Médio de Felicidade'(2017) de Joaquim Leitão e 'Um Gato, Um Chinês e o Meu Pai' (2019) de Paco R. Baños. Para a sua família o nosso comovido abraço e sentidas condolências"

Para memória, deixa uma carreira no teatro, cinema e televisão. Será sempre lembrado como Claxon, o detetive particular, que ‘vestiu’ em 1991, na RTP, mas também como o vilão Helmut von Block, de “Major Alvega”. Com uma carreira de mais de 30 anos, o ator alentejano participou em novelas como “Laços de Sangue”, “Coração de Ouro”, “Mar Salgado” ou “Espelho d’Água”.

No cinema, onde o último trabalho foi em “Índice Médio de Felicidade”, de Joaquim Leitão, brilhou também em “O Processo do Rei”, de João Mário Grilo ou em “Os Olhos da Ásia”. Nas redes sociais, multiplicaram-se as mensagens de condolências de colegas, amigos e admiradores.