PUB
PUB
Nacional
Redação Lux  com PA em 30 de Julho de 2010 às 00:27
Morreu António Feio
António Feio, 55 anos, faleceu esta quinta-feira, às 23:40, na unidade de Cuidados Paliativos do Hospital da Luz.

O ator encontrava-se internado desde terça-feira em fase terminal de um cancro no pâncreas contra o qual lutava há mais de um ano.

«A pedido da família, a UAU vem por este meio comunicar o falecimento de António Feio. Hoje perdeu-se um grande nome do teatro e um homem de grande coragem mas o seu legado nunca se perderá. António foi internado na passada terça-feira à noite na Unidade de Cuidados paliativos do Hospital da Luz e faleceu esta noite pelas 23h40. Amanhã serão dadas mais informações.», pode ler-se no comunicado da agência UAU.

A produtora remeteu para mais tarde informações sobre as cerimónias fúnebres do ator e encenador.

António Feio, natural de Maputo, Moçambique, começou a sua carreira aos 11 anos, no Teatro Experimental de Cascais, depois de o seu diretor, Carlos Avilez, o ter convidado para fazer a peça «O Mar», de Miguel Torga, que estreou a 06 de maio de 1966.

Além do Teatro Experimental de Cascais, onde esteve alguns anos, o ator atuou no Teatro Aquarius, que fundou, na Cooperativa de Comediantes Rafael de Oliveira, no Teatro Popular-Companhia Nacional I, no Teatro S. Luiz, no Teatro Adoque, no Teatro ABC, na Casa da Comédia, no Centro de Arte Moderna, no Teatro Aberto, no Teatro Variedades, no Teatro Nacional D. Maria II e no Teatro Villaret, entre outros.

«O que diz Molero» e «Conversa da Treta» foram duas das suas encenações mais emblemáticas.

António Feio fez ainda televisão, rádio, publicidade e cinema, tendo ficado conhecido pela dupla cómica que formava com o ator e amigo José Pedro Gomes.

A 27 de março, o comediante recebeu do Presidente da República, Cavaco Silva, o grau honorífico de comendador da Ordem do Infante D. Henrique.

Numa entrevista à Antena 1, um mês antes, António Feio frisou que continuar a encenar lhe dava força para enfrentar a doença.

Reconhecendo que, «às vezes» não estava a cem por cento, o ator, «sempre otimista», confidenciou que tinha «o mesmo tipo de gozo» no trabalho que fazia e que este funcionava como «uma válvula de escape» para tudo o resto.

«É o que eu gosto de fazer, não sei fazer mais nada», vincou.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

notícia actualizada hoje (30) às 7:30
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
Comentários

PUB
pub
PUB
Outros títulos desta secção