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Nacional
Redação Lux em 30 de Novembro de 2020 às 12:33
Fotos: Prémios da Estoril Sol entreges em cerimónia solene no Auditório do Casino Estoril
1/4 - Os 3 premiados com Guilherme dOliveira Martins, Nuno Artur Silva e Mário Assis Ferreira
2/4 - Nuno Artur Silva com Mário Assis Ferreira e Cila do Carmo
3/4 - Mário Assis Ferreira e Julieta Monginho
4/4 - Mário Assis Ferreira e Cristina Cosme

O Secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, Nuno Artur Silva presidiu à cerimónia solene de entrega dos Prémios da Estoril Sol no Auditório do Casino Estoril.

Carlos do Carmo, que por motivos de saúde não pôde estar presente, incumbiu a filha, Cila do Carmo, de receber o galardão do Prémio Vasco Graça Moura - Cidadania Cultural.

“As melhores saudações a todos. Obrigado pela distinção que envolve dois amigos: o Mário Assis Ferreira, um velho e leal querido amigo, e o Vasco que tanto me ensinou e que sabe a imensa saudade que me deixou e o orgulho que sinto ao receber um prémio com o seu nome. Muito obrigado a todos.”, agradeceu Cila do Carmo em nome do pai.

Os Prémios Literários Fernando Namora e Agustina Bessa-Luis, instituídos pela Estoril Sol, e referentes a 2019, foram entregues respectivamente, às escritoras Julieta Monginho e Cristina Cosme.

“Os Prémios da Estoril Sol são um incentivo à continuidade da cultura”, afirmou o Secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, Nuno Artur Silva na sua intervenção. “A Estoril Sol é um verdadeiro mecenas com um papel preponderante na divulgação e dinamização da cultura portuguesa. Em nome do Ministério da Cultura, quero deixar o meu reconhecimento e agradecimento à Estoril Sol”.

Nuno Artur Silva felicitou, ainda, os vencedores pela sua “criatividade e originalidade”, sublinhando que “os três são figuras singulares que representam de uma forma significativa a diversidade e vitalidade da cultura portuguesa”.

Com um discurso que contextualizou as obras vencedoras, o Presidente do Júri, Guilherme d’Oliveira Martins recordou que o romance “Um Muro no Meio do Caminho”, distinguido com o Prémio Fernando Namora, “constrói-se sobre uma das mais pungentes tragédias contemporâneas: a dos refugiados, sobretudo sírios, em fuga das loucuras humanas cada vez mais selváticas. Julieta Monginho escreve num registo muito vivo e dinâmico, beneficiando da experiência pessoal que viveu no campo de Scios, em 2016”. Já sobre o romance “Silvana”, de Cristina Cosme, vencedor do Prémio Revelação Agustina Bessa Luís, referiu que “foi escrito num ritmo pausado, num momento de maturidade na vida da autora com um longo percurso pedagógico. Trata-se de um romance que articula com desenvoltura o jogo de prudências e astúcias nas relações humanas”.

Em relação ao Prémio Vasco Graça Moura, o Presidente do Júri referiu que a distinção de Carlos do Carmo “constitui um elementar acto de justiça, na ligação íntima entre a arte e o empenhamento cívico. Os prémios nacionais e internacionais que obteve pela qualidade das suas edições discográficas, onde surge como um dos maiores intérpretes de um fado que soube renovar, dão conta de uma das mais exemplares carreiras do panorama artístico português”.

Após o momento solene da entrega dos três prémios da Estoril Sol, foi Cristina Cosme, distinguida com o Prémio Agustina Bessa-Luis, que usou da palavra. “Quero agradecer à Estoril Sol o serviço prestado à cultura e, mais concretamente, à literatura. ““Silvana” foi o resultado de um trabalho árduo e, em simultâneo, apaixonante. Espero que corresponda às expectativas da Estoril Sol e dignifique a editora Gradiva”.

Por sua vez, Julieta Monginho recordou, “Fernando Namora foi o autor que presidiu ao meu primeiro prémio, recebido na adolescência, que guardo com carinho. A proximidade entre o momento passado e o presente comove-me, de tão nítida. Acolho de bom grado a intimidade da sala onde hoje nos reunimos. E aprendiza que sou, leio na capa do prémio duplamente entregue, o nome do escritor a quem me sinto ligada por linhagem e afecto”.

Na abertura, o Presidente da Estoril Sol, Mário Assis Ferreira, recordou: “Realizar esta cerimónia nas actuais condições pandémicas que o País atravessa é quase um segundo milagre. E o primeiro desses milagres, é o facto de a Estoril Sol ter mantido, neste circunstancialismo, os Prémios Literários instituídos, quando tantos outros desistiram de o fazer”.

“A aposta na Cultura e na Arte continua a ser um objectivo estruturante da Estoril Sol, um conceito original de que nos orgulhamos e que fez a diferença, comparativamente com aquilo que era a prática comumente seguida neste sector de actividade. Dos Prémios Literários à Galeria de Arte e às Artes Plásticas − ou à revista “Egoísta”, distinguida com uma vasta lista de prémios nacionais e internacionais −, é impressiva a panóplia de iniciativas de natureza cultural a que a Estoril Sol se obriga, como matriz do seu modelo conceptual. Pois que a promoção da Cultura é uma “marca de água” que nos acompanha desde há muito e à qual nos queremos manter fiéis, não obstante as penosas dificuldades actuais, que saberemos enfrentar com esperança e determinação”.

 

 

 

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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