Aurora Cunha criticou a medida anunciada pela Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) que passa pela criação de uma licença para participantes em Provas pagas de Estrada, Trail e Montanha mas nunca esperou a reação que viria da parte de Dionísio Castro. O também antigo atleta olímpico (e irmão gémeo do recentemente eleito presidente da FPA, Domingos Castro) registou nas redes sociais numa mensagem entretanto apagada: “Aurora Cunha é a maior chula do atletismo português, que diz mal de toda a gente. Chulou o Jorge Teixeira durante anos e anos até ele a despachar para bem longe do atletismo. Aurora Cunha não tem vergonha. Invejosa, doente mental. Após a morte do marido e para resumir é uma coitada com perturbações graves”.
Pela mesma via, Aurora Cunha respondeu profundamente magoada: “Aos 65 anos, depois de tudo o que fiz e vivi pelo atletismo, pelo meu país, pela saúde, pela vida, sinto-me profundamente magoada, humilhada e atacada. Nunca, em circunstância alguma, imaginei ser alvo de palavras tão baixas, tão cruéis e injustas como aquelas que ontem foram escritas publicamente por Dionísio Castro – figura pública, ex-atleta e irmão do atual Presidente da FPA, Domingos Castro», introduziu, não se contendo com o facto de a mensagem ter sido apagada. «Os cobardes atacam e apagam. Mas não é por se apagar um post que o dano desaparece. As palavras ficaram ditas. E o país inteiro viu”.
Aurora Cunha lamentou ainda a ausência de reação da FPA: “O silêncio da FPA, perante esta gravíssima agressão verbal, é ensurdecedor. Esse silêncio legitima e normaliza. Esse silêncio compromete” e terminou anunciando que irá agir judicialmente:”Informo publicamente que irei apresentar queixa-crime pelas ofensas de que fui alvo. Não por vingança, mas por justiça. Porque acredito que nenhuma mulher, nenhuma cidadã portuguesa, deve aceitar calada uma agressão desta natureza”.