Cerca de duas dezenas de pessoas manifestaram-se no sábadofrente à porta principal do espaço comercial El Corte Inglés, em Lisboa, numa ação contra o uso de pelo de animais.
Em declarações à Lusa, a presidente da Animal explicou que a ação, que juntou 25 pessoas, se insere uma campanha que a associação leva a cabo todos os anos à porta de várias lojas, tanto em Lisboa como no Porto, que vendam artigos com pelo de animal.
Segundo Rita Silva, a concentração em frente as portas do El Corte Inglés, entre as 15:00 e as 17:30, é já a terceira desde o início do outono e o objetivo é repetir uma ação semelhante todos os sábados de cada mês, acrescentando que a primeira decorreu a porta de uma loja do grupo Cortefiel e a segunda na Rua Garrett, ambas em Lisboa.
A presidente da Animal afirmou que este tipo de iniciativas tem aumentado a recetividade e sensibilidade das pessoas para estes assuntos, apesar de a indústria continuar a apostar nestes produtos.
No entanto, apontou o caso de uma loja de artigos de pronto-a-vestir com pelo de animal, no norte do país, que a líder da Animal acredita que fechou em consequência das manifestações consecutivas da associação, durante dois anos, à porta do estabelecimento.
«As empregadas até chegaram a tentar agredir-nos, foi uma situação muito complicada. Mas ao fim de dois anos a loja fechou e acreditamos que tivemos influência no fecho», afirmou.
Em relação à indústria da moda, Rita Silva frisou que tem mudado de estratégia e que, depois de alguns anos em que o pelo não era usado nas coleções de vestuário, este está de volta. Evitam, no entanto, fazer peças integrais em pelo e têm optado por usar em pequenas proporções, como em punhos, mangas ou em botas.
Rita Silva disse ainda que estas ações de rua vão continuar até ao final do inverno e que a associação pretende manifestar-se à porta de todas as lojas que vendam artigos com pelo, tanto em Lisboa como no Porto.
Lusa