"Adoro ser mãe e até tenho pena de não ter mais filhos. Por isso, é um exercício fantástico escrever sobre mulheres muito diferentes de mim”, explica Margarida Rebelo Pinto a propósito do seu 13.º romance.
“Mariana, Meu Amor” realiza um sonho antigo, pois sempre quis escrever sobre os amores de Mariana Alcoforado. A freira de Beja ficou conhecida mundialmente por causa das suas cartas de amor dirigidas a um oficial francês.
“Fui em janeiro ao Brasil e percebi, pela primeira vez, que precisava de escrever fora de casa. Já estava há 15 anos a escrever em casa. Estive no Brasil durante 15 dias e comecei a escrever o livro. Depois, percebi que precisava de ir para lá para continuar a escrever, e fui enquanto o meu filho Lourenço estava em Londres. Foi um livro muito difícil. Escrevi três versões e reescrevi os dois últimos capítulos. Cheguei ao fim muito cansada”, recorda.
Margarida assume que “a pressão para fazer um bom livro é cada vez maior”.
A obra foi apresentada no Grémio Literário, em Lisboa, num dia em que a escritora pôde contar com o apoio do filho, Lourenço, de 20 anos, e de outros familiares.
“O Lourenço não lê os meus livros. A minha grande crítica é a minha mãe, e fico sempre contente quando ela gosta do livro”, confidenciou a autora.