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Nacional
Redação Lux  com CSS em 1 de Setembro de 2016 às 15:41
Júlio Isidro critica o esquecimento a que são vetados muitos artistas nacionais
1/4 - Júlio Isidro - Nasceu a Missão Continente 02.06.15 Foto: Artur Lourenço/Lux
2/4 - Júlio Isidro - Velório de Nicolau Breyner 15.03.16 Foto: Tiago Frazão/Lux
3/4 - Júlio Isidro - Apresentação do livro «Alta Definição – Um Novo Olhar» 09.11.15 Foto: Ricardo Santos/Lux
4/4 - Júlio Isidro - Apresentação da nova grelha da RTP 29.09.15 Foto: Artur Lourenço/Lux

 

Júlio Isidro partilhou um emotivo texto nas redes sociais a propósito da morte da atriz Anna Paula, aos 87 anos.

Além de uma homenagem à falecida artista, o apresentador salientou o facto de muitos artistas portugueses da "velha guarda" caírem no esquecimento.

"Cumpre-se mais uma vez a mítica crença. Quando morre um artista, morrem três de seguida. Há uma semana partiu Madalena Sotto, dois dias depois Maria Eugénia e hoje Anna Paula. Todas com idade avançada, duas retiradas, mas Anna Paula relutantemente parada apenas porque vivemos um tempo em que para que os novos progridam, têm que se sacrificar os velhos. Ao contrário de quase todo o mundo, Portugal pratica esta desumana originalidade de deitar fora o talento enriquecido pela experiência. Anna Paula tinha declarado recentemente que não queria ficar mais tempo à espera que o telefone tocasse para que a convidassem a fazer um papel de bisavó só por caridade. Exigia que lhe reconhecessem o talento e, de tanto esperar, estava cansada. Por isso tinha terminado. A sempre linda, nos vinte ou nos oitenta Anna Paula, grande atriz de teatro, cinema e televisão, professora do Conservatório onde afirmou que aprendia mais ensinando, terminou. Pressinto que com uma grande amargura. Que país é este que neste momento tem 20% de pessoas com mais de 65 anos e apenas 15% com menos de 14 anos , que vai perder mais de um milhão de habitantes nos próximos cinco anos e se dá ao luxo de não querer preservar o talento e a memória. Anna Paula ao dizer há dias 'Por isso terminei', anunciou a própria morte. Recordo a série 'Nunca digas Adeus' para reafirmar que a actrizes como as que agora se perderam, nunca direi adeus. Apenas, até Deus.", pode ler-se.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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