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Nacional
Isabel Galriça Neto apresenta livro «Cuidados Paliativos», rodeada de familiares e amigos
Redação Lux  com Elsa Alves em 23 de Outubro de 2010 às 16:05
Numa antiga padaria em pleno coração de Lisboa, onde entretanto nasceu a livraria Alêtheia, decorreu a apresentação do livro «Cuidados Paliativos», um tema que de certa forma é sinónimo de melhoramento da qualidade de vida em doentes terminais ou com doenças incuráveis, bem como de acompanhamento para as famílias. A coordenação da obra esteve a cargo de Isabel Galriça Neto, deputada do CD-PP e presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos.

Esta obra é baseada em testemunhos e foi apresentada pelo jornalista Ricardo Costa, que apesar de não ter dado o seu depoimento no livro, partilhou-o oralmente.

«Infelizmente ou felizmente, já testemunhei o trabalho que a Isabel faz dentro de casa, através do meu pai, nos oito meses em que esteve doente. Sabia o que eram os cuidados paliativos jornalisticamente, mas depois senti na pele como familiar», conta.

Orlando da Costa, pai do jornalista e de António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, morreu vítima de cancro em 2006.

«Este livro surgiu de vivências pessoais e contacto com outros profissionais. Não é só de pessoas de quem cuidei ou com quem estive mais diretamente ligada», esclarece a coordenadora, Isabel Galriça Neto.

E revela que um dos percursos que a marcaram foi o de António Feio, que também colaborou neste livro: «O testemunho dele foi para nos dizer que mesmo doente não deixou de apreciar a vida e esteve em condições para o fazer. Ele próprio dizia que não estava com dores e teve um fim de vida muito intenso.»

O marido de Isabel e os seus dois filhos fizeram questão de estar presentes. «Sei que nem sempre é fácil para a minha família, porque às vezes fazer andar as coisas é muito exigente.

Estou a trabalhar para que os meus filhos tenham um futuro melhor. Como lido diariamente com os cuidados paliativos, vivo muito intensamente os momentos em família», contou a autora.

O seu avô morreu com um cancro há 14 anos e o seu pai foi vítima de Alzheimer há seis. Casos que acompanhou de perto e que lhe serviram para o resto da vida: «Essas alturas foram decisiva para enveredar pelo que faço hoje.»
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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