No final, todos se cumprimentaram e, numa conversa de circunstância, os membros do governo ter-se-ão referido a Mário Crespo de forma pouco simpática: «Fui referenciado como sendo «mentalmente débil», «louco» a necessitar de «ir para o manicómio». Fui descrito como «um profissional impreparado». Definiram-me como «um problema» que teria de ter «solução»», disse o jornalista, manifestando a sua indignação.
Mário Crespo conta que o episódio lhe foi contado por alguém de confiança, presente no restaurante, e decidiu denunciar o caso na sua coluna de opinião, «O Fim da Linha», no Jornal de Notícias.
Acontece que a crónica não chegou a ser publicada na segunda-feira, dia 1 de Fevereiro, como estava previsto.
O JN explicou a não publicação, dizendo que «o texto de Mário Crespo não era um simples texto de opinião, mas fazia referências a factos que necessitavam de confirmação e que fosse exercido o direito ao contraditório relativamente às pessoas citadas».
O jornalista foi avisado da não publicação na véspera, perto da meia-noite, num telefonema de José Leite Pereira, director do JN.
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