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Nacional
Natália Ribeiro  com Fotos: Hélder Maia em 20 de Junho de 2010 às 14:07
10ª edição do Baile da Flor reúne figuras da sociedade no Estoril
Criado em 2001 por Gilda Paredes Alves, o Baile da Flor é já uma tradição e uma das festas mais animadas de Lisboa. Dez anos depois, figuras da sociedade voltaram a reunir-se no Hotel Palácio, no Estoril, e, pela primeira vez, as receitas da festa reverteram a favor da ilha da Madeira que, em Fevereiro último, foi devastada por chuvas torrenciais que deixaram centenas de pessoas desalojadas.

«Quem diria que ao fim de dez anos as receitas do Baile da Flor iam reverter para a minha ilha. Nem acredito que angariámos 45 mil euros! Foi o maior valor que alguma vez conseguimos. Este dinheiro vai todo para a Cáritas e será usado para realojar pessoas que ficaram sem casa. Estou muito feliz com esta onda de solidariedade», exaltou a mentora.

Em 2011, Gilda Paredes Alves promete levar o baile, pela primeira vez, à sua terra natal. «Vai ser na véspera do cortejo da Festa da Flor. Assim, as pessoas podem divertir-se à noite e, no dia seguinte, assistir ao cortejo nas ruas do Funchal. Vou continuar a fazer o baile também em Lisboa, mas acho que a Madeira merece tê-lo também lá. Já tenho 60 pessoas para levar», garante.

Patrocinado pela Secretaria Regional de Turismo da Madeira, que viabilizou o envio das típicas flores do arquipélago, este ano o Baile da Flor prestou homenagem a Rosalina Machado pelo seu incondicional apoio ao evento, desde o início. Ao longo destes dez anos, a empresária pagou sempre uma mesa, mesmo quando não pôde marcar presença no evento.

«Não vi isto propriamente como uma homenagem, mas sim como uma referência, uma vez que, desde o primeiro baile, tenho estado sempre presente, ainda que não fisicamente. Fiquei sensibilizada porque demonstra que vale a pena fazer coisas que não se publicitam, quase às escondidas. Este baile é uma das grandes referências solidárias do nosso país. Vale a pena realizá-lo, mesmo que com muito esforço. Todos temos a responsabilidade de ajudar os outros. Foi uma noite bonita, por dentro e por fora, tal como devem ser as pessoas. É uma festa bonita e com causa», referiu.

A noite foi de solidariedade mas também de muita alegria e diversão. Para a fadista Mafalda Arnauth foi uma estreia em grande no Baile da Flor.

«É a primeira vez que venho. Conheci a Gilda no ano passado e fiquei encantada porque ela abraça a vida de uma forma especial. E só no ano passado é que fui pela primeira vez à Madeira, curiosamente em duas ocasiões, e gostei muito. Por isso o convite para estar aqui era irrecusável», explicou à Lux.

A festa terminou, como não poderia deixar de ser, ao som de música. «A pista de dança é uma animação como nunca vi! E, curiosamente, foram as pessoas mais velhas que passaram a noite a dançar. Eu não sou uma bailarina exímia, por isso prefiro ver», afirmou a fadista.
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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