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Nacional
Rita Ferro Rodrigues e Iva Domingues falam sobre o novo projeto
Iva Domingues e Rita Ferro Rodrigues - Lançamento do site Maria Capaz Foto: Ricardo Santos/Lux
Redação Lux  com Cátia Soares em 23 de Dezembro de 2014 às 17:21
«Maria Capaz» é o novo projeto de Rita Ferro Rodrigues e Iva Domingues. Amigas de longa data, as duas apresentadoras nunca tinham trabalhado juntas, mas decidiram, no ano em que ambas completam 38 anos, criar um site de afirmação da mulher portuguesa e de discussão da condição feminina a nível global.

«É uma plataforma feminista porque consideramos que esta é uma luta de todas as mulheres», sublinhou Rita, que alertou para as «desigualdades profundas de que as mulheres são alvo».

«Avassalador» foi o adjetivo escolhido para descrever a recetividade ao projeto: «Começámos a recrutar um 'exército' de mulheres e a adesão foi imediata. [...] O objetivo é dar poder às mulheres e que elas aprendam a apoiar-se umas as outras», contou.

As emoções estiveram à flor da pele na apresentação da plataforma, que contou com a presença das mães de Rita e Iva, Maria Filomena e Maria Emília. Estiveram também presentes as filhas das apresentadoras, Leonor e Carolina, a quem elas dedicam esta nova missão.

Os grandes ausentes foram os companheiros das apresentadoras. Iva recebeu o apoio à distância de Ângelo Rodrigues, que está a estudar no Brasil, mas que está «muito orgulhoso».

Já Rubén Vieira não pôde estar presente por razões profissionais, mas Rita Ferro Rodrigues não tem dúvidas: «Como é obvio, e porque senão não seria meu marido, está super orgulhoso».

Leonor Poeiras, Andreia vale, Mariana Monteiro, Maria Elisa, Isabel Moreira, Catarina Furtado, Madalena Brandão e Jessica athayde são algumas das «marias capazes» que compõem o «exército» e fizeram questão de estar presentes.

«Sinto-me uma maria capaz. Desde que me lembro que sempre achei que seria capaz. Não quer dizer que tenha ganho todas as batalhas, mas lembro-me de sempre achar que era capaz de tudo», contou a apresentadora Catarina Furtado, que salienta o facto de o tema da discriminação já ser mais falado em Portugal.

Já a deputada Isabel Moreira vai mais longe e fala numa «sociedade altamente patriarcal»: «Já olharam para a Assembleia? As cotas servem porque as mulheres competentes não são escolhidas por causa da discriminação de género».

A jornalista Maria Elisa, que terá uma coluna semanal no site, lamenta: «O acesso das mulheres às mesmas posições que têm os homens, na sociedade ocidental, continua a não ser de modo nenhum equalitário. E depois, no resto do mundo, sabemos que se passam atrocidades horrorosas em relação às mulheres. Só por muito ignorância é que se podia dizer que o feminismo já não é uma ideia moderna. Infelizmente, continua a ser».

Por sua vez, a atriz Madalena Brandão apresentou um ensaio fotográfico na plataforma: «Nós, mulheres, somos complexas, e, às vezes, precisamos de um lugar para nos apoiarmos e unirmos. É dificil viver no mundo de hoje, mas se trabalharmos para conseguirmos estar no eixo e conseguirmos ser boas pessoas e fazer coisas positivas por nós e pelos outros somos capazes de tudo».
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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