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Nacional
Criança chinesa «roubou» uma partitura a António Chainho
António Chainho
Redação Lux  com Lusa em 11 de Junho de 2010 às 16:00
Uma criança chinesa «roubou» uma partitura ao músico António Chainho em Pequim e depois de convencer o guitarrista a autografá-la, pediu-lhe para acariciar as suas mãos.

«Quase que chorei (...) A partitura faz-me falta e tenho de a escrever novamente, mas o miúdo ficaria tão triste se não ficasse com aquela pauta que acabei por ceder», contou Chainho à agência Lusa.

A cena passou-se no fim do primeiro concerto de António Chainho em Pequim, quarta-feira à noite, no âmbito de uma tournée pela China que termina em Shenzhen, no domingo.

«Era um miúdo de 7/8 anos, que estava sentado mesmo em frente ao palco e que vibrava muito (...) No final, quando estávamos na sessão de autógrafos, o miúdo apareceu-me com a partitura», recordou o músico português.

Iniciada segunda-feira passada em Xangai, a tournée - que integra, pela primeira vez, dois músicos chineses - prossegue hoje em Macau.

«Melhor seria quase impossível», disse Chainho acerca da «calorosa recepção» do público chinês à sua música.

Considerou o concerto de Pequim «um dos melhores» da sua carreira, realçando «o entusiasmo e o carinho» da assistência.

O guitarrista Tiago Oliveira, que acompanha Chainho à viola, disse também estar «muito contente» com a tournée e com a «fantástica reação» do público.

«A mistura (entre música chinesa e portuguesa) saiu muito bem», afirmou.

Nesta tournée, Chainho apresenta-se em palco com duas vocalistas (Isabel Noronha e a chinesa Gong Lin Na) e conta também com o som do «sheng», um instrumento de sopro chinês, tocado por Wang Lei.

«É uma música de fusão. Neste momento, o que pretendo fazer é divulgar o fado o máximo que puder e isso passa por este género de fusões», disse Chainho à agência Lusa.

A actuação de Chainho em Xangai prolongou o programa musical do Dia de Portugal na Expo 2010 (06 de junho), celebrado com Mariza, o grupo Amália Hoje e uma «Arruada Minhota».

É a maior exposição universal de sempre, com cerca de 240 países e organizações internacionais, e decorre de 1 de maio a 31 de outubro, numa área de 528 hectares (dez vezes a Expo 98, em Lisboa).
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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