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Nacional
Cancro de pele: Paulo Guerra abandonou alta competição quando recebeu diagnóstico
Lux
Redação Lux em 19 de Maio de 2010 às 17:44
Quando descobriu que tinha cancro de pele, Paulo Guerra abandonou a alta competição. O fundista internacional dedica-se agora a alertar atletas de desporto ao ar livre para os riscos que correm ao treinar e competir sem proteção.

Ciclistas, atletas de triatlo, atletismo, golfe, ténis, voleibol ou futebol de praia são exemplos de atletas que estão frequentemente expostos ao sol durante várias horas e muitas vezes em horários de risco

«Vários estudos confirmam um maior número de queimaduras solares, nestes atletas, tornando-os um grupo de risco acrescido para o cancro da pele», alerta a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), a propósito do Dia do Euromelanoma, que se assinala a 26 de maio.

Paulo Guerra, 39 anos, foi um desses casos, como contou à agência Lusa: «Eu corri durante 20 anos sem proteção de vestuário, nem protetor», disse o internacional português, natural de Barrancos, que se destacou ao vencer vários campeonatos europeus de corta-mato.

Quando chegava o tempo de calor, muitas vezes nem vestia camisola. «Eu sou uma pessoa de pele clara, mas nunca liguei. Não tomava medidas para me proteger», lamenta.

«A falta de informação e pensar que as coisas más só acontecem aos outros» também contribuíram para a falta de cuidados quando treinava e competia.

Mas o aparecimento do cancro de pele foi «100 por cento descuido», conforme faz questão de sublinhar.

O alerta de que tinha um sinal com uma «configuração e cor diferente» nas costas foi dado pela irmã. Como «não tinha qualquer sintoma», Paulo Guerra foi adiando a ida a uma consulta, até que em março de 2009 decidiu ir ao dermatologista e os «piores receios» confirmaram-se.

«Fiz uma extração do sinal para análise e, passados 15 dias, veio o pior resultado: um melanoma maligno do nível três (de um total de quatro)», conta.

Paulo Guerra superou a doença, porque a «progressão do sinal foi lenta», mas decidiu «optar pela saúde» e abandonou o desporto de alta competição, que obrigava a treinos duas vezes por dia e a usar camisolas de alças transparentes.

Atualmente faz desporto de manutenção e adota todos os cuidados para se proteger dos raios ultravioletas.

Para alertar outros atletas para os riscos que correm, Paulo Guerra tem contado o seu testemunho: »o mais importante é darmos o nosso exemplo».

«Às vezes as pessoas não ligam muito à teoria, mas se virem um exemplo acabam por mudar o seu comportamento», salienta.

HN.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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