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Catarina Furtado, Daniela Melchior e Tiago Bettencourt fazem música Contra a Violência no Namoro 
Catarina Furtado, Daniel Melchior e Tiago Bettencourt fazem música Contra a Violência no Namoro  Foto: Filipe Faleiro
Redação Lux em 21 de Novembro de 2018 às 18:00

"O que é ser normal? Apontar o dedo ao mal”. A música foi composta Tiago Bettencourt, tem letra de Catarina Furtado e interpretação da atriz Daniela Melchior e pretende ser um "statement" pertinente sobre a problemática da “Violência no Namoro”.

A Associação Corações com Coroa, lançou ontem, no decorrer da VII Conferência e VI Prémio de Comunicação Corações Capazes de Construir, a Campanha Contra a Violência no Namoro onde apresentou o novo tema. 

A Associação Corações Com Coroa – CCC tem vindo a desenvolver parte do seu trabalho em torno da realidade preocupante e transversal da violência no namoro (com maior incidência nas situações surgidas em contexto escolar).

A CCC criou a Campanha “O que é ser Normal? Apontar o dedo ao mal.” - Contra a Violência no Namoro, com a qual procura contribuir para o desenvolvimento de táticas que permitam a intervenção precoce e regular, de forma a prevenir a legitimação da violência física e psicológica na/da juventude.  Queremos ajudar a identificar as causas possíveis e contribuir para o reconhecimento de ações e soluções que envolvam os diferentes atores sociais no respeito pelos direitos fundamentais, na construção de uma sociedade mais justa, mais equilibrada, mais igualitária, fundamentais para o desenvolvimento bio-psico-social na infância e juventude.

A associação pretende assim que esta música se torne uma espécie de hino que os/as jovens possam sentir como seu e ajudar a mudar comportamentos.

Os dados concretos a que a CCC tem acesso apontam para uma “normalização” de vários comportamentos violentos e manipuladores, quando enquadrados no âmbito da intimidade de uma relação.

 

         28% dos jovens considera normal os comportamentos de controlo.

         22% dos rapazes considera legítima a violência sexual.

         33% dos rapazes considera legítima a perseguição e 19% das raparigas também.

         A violência nas redes sociais é tolerada pelos jovens por acharem normal, numa percentagem que vai dos 11% aos 24%.

         A vitimação apresenta valores de 6% no que diz respeito à  violência física e sexual e 19%  na  violência  psicológica.

         O reconhecimento  de actos como violência (não legítima) é de 16% para o sexo feminino, comparativamente a 27% dos jovens do sexo masculino.

         Um quarto dos jovens entrevistados encara com normalidade a violência sexual, havendo no entanto uma diferenciação bastante significativa, com 5% das raparigas e, como já dissemos, 22% dos rapazes a        legitimarem estes comportamentos .

Fonte: Estudo UMAR 2017 “Violência no Namoro”

 

 

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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