Rita Pereira esteve no programa de Fátima Lopes na TVI. A atriz explicou que ia participar na manifestação do dia 6 de junho na Alameda, em Lisboa, não porque é uma figura públicam embora também sinta ter esse dever de dar o exemplo, mas sobretudo porque vive o drama do racismo de muito perto. Não conseguindo suster as lágrimas, Rita Pereira disse:
"Porque eu também vivo isto. Porque não consigo estar sentada e ao meu lado estar o meu marido, que me diz que está a receber mensagens racistas."
A atriz de 38 anos explicou que quer contribuir para que o filho, nascido em dezembro de 2018, não sofra de racismo quando crescer:
"Eu não quero que quando o meu filho cresça esteja a receber as mesmas mensagens de racismo. Eu não quero que o meu filho seja seguido numa loja. Quero que o meu filho possa entrar numa loja de roupa e não olharem para a cor dele porque ele é mais escuro do que os outros. Eu não quero que o meu filho seja apontado porque tem uma cor diferente, quero que o meu filho consiga apanhar um táxi durante a noite na rua porque muitas vezes os meus amigos negros dizem que não conseguem sequer apanhar um táxi, entram no táxi e o táxi diz "já estou ocupado"; vão para outro táxi que diz "já estou ocupado". Quero que ele possa entrar numa discoteca tranquilamente e não dizerem "ah, não pronto" ou estar com um grupo de amigos negros e ouvir "já temos muitos pretos nesta discoteca, não podem entrar mais". Quero que ele seja livre, não quero ouvir o meu marido a dizer que recebeu uma mensagem a dizer "vai para a tua terra preto de merda". Vou estar nesta manifestação porque isto me toca profundamente e tudo o que me tem acontecido me toca profundamente. E os pais em casa têm de começar a falar sobre o racismo."