Com o aumento exponencial de casos de COVID-19 em Portugal, o mês de janeiro fica marcado por um novo confinamento geral, que levou famílias inteiras de volta a casa. Os pais deparam-se, novamente, com o desafio de terem consigo as crianças e adolescentes durante todo o dia, sem poderem ainda esquecer a sua atividade profissional em regime de teletrabalho. Às birras e frustrações que se preveem superiores neste segundo confinamento, junta-se o medo e nervosismo dos mais novos perante a atual pandemia, que se podem mesmo transformar em problemas como ansiedade e distúrbios do sono.
Para ajudar pais e crianças a encontrarem formas de lidar com esta situação, a Dra. Marta Chambel, médica especialista em imunoalergologia e consultora da Benji, loja online portuguesa de brinquedos para bebés, sugere sete dicas simples que tornarão o dia-a-dia em família mais fácil e saudável, mesmo que em confinamento.
1. Ser paciente e escutar os mais novos | Em períodos de confinamento, é normal que as birras e a tensão familiar aumentem. Para as contornar, os pais devem ser pacientes e ouvir os seus filhos e, tal como recomenda a Ordem dos Psicólogos Portugueses e a Organização Mundial da Saúde, dar-lhes uma dose extra de atenção e carinho. Devem ainda transmitir serenidade nas conversas, tentando perceber quais são as preocupações dos mais novos, o que ajudará a resolvê-las.
2. Manter o contacto com o exterior | No caso dos adolescentes, é importante que mantenham o contacto com quem está fora do agregado familiar. Incentivar a interação social, através de conversas online com amigos e familiares, é uma opção segura e fácil.
3. Explicar-lhes o que estão a viver | É necessário que os mais novos compreendam o que está a acontecer. Para isso, devem ser estabelecidos limites de tempo, dando-lhes a noção de início e fim da situação. É preciso ainda que se expliquem os diversos benefícios do isolamento e a sua importância para a segurança da família, para que percebam o porquê de não poderem estar com os seus amigos e restante família.
4. Atividades lúdicas devem ser valorizadas | Brincadeiras que substituam a televisão e as novas tecnologias, como os jogos de tabuleiro, os desenhos e trabalhos manuais são alguns exemplos do que pode ser divertido realizar com quem mais se gosta.
5. Manter as rotinas e regras | As rotinas e horários habituais, nomeadamente das refeições e a hora de deitar, devem ser respeitadas, uma vez que ajudam as crianças e jovens a sentirem-se mais seguros e transmite-lhes a ideia de organização. Também as regras e disciplina são essenciais: os pais têm de ser firmes nas suas decisões (mas não zangados).
6. Envolver as crianças nas atividades domésticas | De forma a promover o trabalho em equipa, desde que sempre adaptado a cada idade, as crianças podem participar em todas as tarefas domésticas que conseguirem. Além de serem vistas como um desafio, tornam-se em algo divertido, o que revela uma das principais oportunidades do confinamento: o tempo de qualidade passado em família.
7. Reforçar a segurança online | Ao existir mais tempo para navegar na internet, é importante que se fale com os jovens sobre algumas regras importantes a ter quando se está online. Não partilhar informação pessoal ou fotos e vídeos íntimos, nunca revelar passwords, alertar para o perigo de falar com desconhecidos e esclarecer que situações de violência online devem ser sempre denunciadas são alguns exemplos.
Do lado dos pais, é ainda importante que se convençam que, com toda a situação que estão a viver, é normal que não conseguiram ser tão produtivos no seu trabalho como habitualmente. Para facilitar, se possível, cada um dos progenitores deve ter um momento do dia para si, o que ajudará a reduzir os níveis de stress e a lidar melhor com eventuais momentos de tensão.