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Crianças
As crianças e os dentes
Especial Criança Lux
Redação em 16 de Outubro de 2009 às 08:06
São 20 os dentes de leite: dez na arcada superior e outros dez na arcada inferior, dividindo-se em incisivos, que servem para cortar; caninos, que servem para rasgar e, para triturar, temos os molares. No conjunto, e quando bem tratados, permitem uma boa mastigação.

Os pré-molares surgirão apenas na dentição permanente, formando-se por baixo dos dentes temporários, e que afloram, reabsorvendo as raízes e fazendo cair os primeiros que, pelo exposto, quando caem, não têm raízes.

Os primeiros molares, tal como o nome indica, são os primeiros dentes da dentição permanente, que romperão por volta dos 6 anos de idade, atrás de todos os de leite, não vindo substituir nenhum dente temporário. Devem, portanto, os pais ficar alerta, uma vez que se trata dos dentes mais importantes da dentição permanente, sendo por isso chamados ¿dentes-chave-da-oclusão¿, que determinam a correcta posição dos outros dentes. Se perdidos prematuramente, poderão causar anomalias irreparáveis quer a nível estético quer a nível da saúde da criança.

Dentição mista e sua cronologia A dentição mista, tal como o nome indica, é o que caracteriza a dentição da criança no período entre os 6 e os 11/12 anos, em que se vai dando progressivamente a substituição dos dentes temporários e a erupção do primeiro molar, dos caninos e dos segundos pré-molares. A dentição mista completa consiste então nos primeiros molares permanentes e nos quatro incisivos permanentes.

A erupção dos terceiros molares (sisos), que ocorrerá depois dos 18 anos, vê-se condicionada pelo espaço disponível. Se o espaço for pouco, estes poderão ficar inclusos e nascer tardiamente, por exemplo, quando há perda de um dos molares, dando-lhe o espaço necessário para romper a gengiva.

Caso o processo de erupção dos dentes não seja tão linear quanto o descrito acima, poderá significar alguma ocorrência fora dos padrões normais, como o surgimento de um dente extra numerário ou em posição anormal. As idades de erupção dos dentes poderão no entanto variar de caso para caso. Geralmente, nos rapazes o processo é um pouco atrasado em relação às raparigas.

Os dentes de leite devem ser tratados? Sim. A saúde dos dentes permanentes é resultado da saúde dos dentes temporários. Alguns dos decíduos só serão substituídos 10 anos depois de nascerem. O segundo molar temporário,

por exemplo, nasce aos 20 meses e é substituído aos 10 ou 11 anos.

Se tem uma cárie aos 6 anos e não é tratada, pode obrigar à sua extracção, ficando a mastigação prejudicada. Atente bem, este dente só será substituído quatro a cinco anos depois. A dor sente-se também nos dentes de leite, caso estejam estragados. Para a eliminar é necessário tratar os dentes.

Além de uma deficiente mastigação, ocorre igualmente uma perturbação no crescimento dos maxilares.

A extracção prematura de dentes de leite trará problemas de espaço aos dentes definitivos, originando problemas de ordem estética, má articulação, cáries escondidas entre dentes muito juntos, gengivites, placa bacteriana, entre outros. O tratamento dos dentes de leite cria bons hábitos de higiene dentária.

Dentes estragados prejudicam a saúde e o bom funcionamento dos restantes órgãos. Meios de conservar os dentes:

- Alimentação rica em cálcio, fósforo e vitaminas A, C e D.

- Bons hábitos de higiene bucal e escovagem dos dentes desde cedo.

- Fluoração.

- Exames periódicos de seis em seis meses.

- Tratamento ortodôntico.

- Cuidado com os doces.

Conselho aos pais:

- Não deverão ser revelados receios dos pais

relativamente às idas ao dentista.

- Não associar o dentista a um castigo.

- Incentivar as idas ao dentista.

- Fazer ver às crianças a importância dos dentes e os cuidados a ter com estes.

- Não levar a criança ao dentista apenas quando sente dor. As consultas de prevenção deverão ser rotineiras.

Nuno Alegria
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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