A marca portuguesa de mobiliário Munna, da Fábrica de Matosinhos, está nomeada pelo segundo ano consecutivo para os Prémios Internacionais de Design e Arquitectura 2012, cujos vencedores serão conhecidos em Londres, Reino Unido, na sexta-feira.

A poltrona «Becomes me» e o sofá «Josephine» são as peças selecionadas pelo júri, que representam a marca no festival internacional, e integram o lote de sofás, poltronas e cadeiras de design, manufaturados na fábrica de Matosinhos, que estão a «voar» para castelos no Reino Unido e hotéis no Azerbeijão.

A fundadora da marca Munna, que significa «magia» e «poder» em árabe, estima aumentar 20% o volume de negócios em 2012.

A marca portuguesa de mobiliário, que já vendeu um sofá para a casa David Byrne, o vocalista dos Talking Heads, nasceu há três anos em Leça do Balio, Matosinhos, com um investimento inicial de 200 mil euros e, no primeiro semestre deste ano, o volume de faturação foi 100 por cento oriundo da exportação, disse à Lusa Paula Sousa, fundadora e diretora criativa da marca.

Reino Unido, França, Suíça e Arábia Saudita ou Estados Unidos são os principais destinos dos sofás em estofos de seda, das poltronas decoradas com fios de prata entrelaçados, das cadeiras de jantar em pau-preto ou dos biombos em ébano.

O mobiliário, criado por designers portugueses e feitos à mão por cerca de 40 artesãos no Norte de Portugal, está espalhado por todo o mundo, «exceto na Austrália», conta Paula Sousa.

A marca Munna estima ter um volume de negócios este ano na ordem dos 480 mil euros.

Em 2011 faturou 380 mil euros, o que significa que deverá registar-se assim um aumento de 20 por cento do volume de negócios, em 2012, de acordo com fundadora da marca.

Peças de mobiliário de design Munna foram compradas recentemente para hotéis como o Four Seasons, em Baku, no Azerbeijão, James`Court ou o London May Fair, em Londres, no Reino Unido, La Maison Favart, em Marivaux, França, ou o Murmuri de Barcelona, em Espanha.

A internacionalização é a «estratégia» da marca portuguesa que trabalha com gabinetes de design e arquitetura mundiais, numa lógica de «business to business», sem haver venda direta ao consumidor final.

A Munna aposta em técnicas ancestrais portuguesas de materiais de alta qualidade, como o veludo, seda, prata, ouro ou madeiras nobres, como o pau-santo (árvore americana) e o ébano (árvore do Sri Lanca e Malaca).

Lusa