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Saúde: Escoliose não é causada por peso das mochilas
Dr. Nuno Neves, ortopedista e membro da direção da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) Foto: D.R.
Redação Lux em 1 de Julho de 2017 às 09:04

A escoliose é uma deformidade em que existe uma curvatura lateral da coluna no plano frontal. Embora em regra seja mais evidente um desvio da coluna para um dos lados, a escoliose é uma deformidade tridimensional da coluna, com rotação e desvio em vários planos.

A sua causa é, na maioria dos casos, desconhecida e por isso não é possível preveni-la. A escoliose afeta principalmente mulheres saudáveis na adolescência (escoliose idiopática adolescente) e em idades mais precoces: escoliose idiopática infantil (antes dos três anos) e escoliose juvenil idiopática (entre os três anos de idade e a puberdade). Estima-se que esta deformidade afete cerca de 2 a 3 por cento dos adolescentes.

Embora a causa da escoliose permaneça desconhecida, o seu desenvolvimento não tem sido relacionado a fatores nutricionais ou posturais, à prática de desporto, ao uso de mochilas ou ao transporte de uma mala pesada.

A escoliose em que se conhece a sua origem está usualmente relacionada com uma doença subjacente, com fatores genéticos e hereditários. Pode estar associada a doenças neuromusculares (como a paralisia cerebral) ou doenças do tecido conjuntivo (como o síndrome de Marfan). Quando a escoliose é secundária a uma malformação vertebral, é conhecida como escoliose congénita.

O problema mais importante relacionado com a escoliose é a progressão da deformidade e os efeitos colaterais resultantes, como distúrbios respiratórios.

Os principais sinais de alerta são os ombros a alturas diferentes, uma das ancas mais levantada, cintura desigual, inclinação do corpo para um dos lados e proeminência da grelha costal (bossa torácica) ao fletir a coluna para a frente.

Após a deteção da doença (onde os pais e professores desempenham um papel importante), a criança ou adolescente deve ser seguido por um especialista médico. A confirmação do diagnóstico e o acompanhamento geralmente são feitos por métodos radiológicos.

Dr. Nuno Neves, ortopedista e membro da direção da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV)

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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