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Moda e Beleza
Redação Lux em 13 de Outubro de 2013 às 10:52
Fotos: Nuno Gama encerra «maratona» do segundo dia da ModaLisboa
O desfile da coleção de Nuno Gama para a próxima primavera encerrou a «maratona» de sábado 41.ª ModaLisboa, no Pátio da Galé, no dia em que a moda infantil teve espaço na passerelle.

O segundo dia da ModaLisboa terminou, mais de doze horas depois de ter começado, e com um atraso de duas horas em relação ao previsto, com uma coleção que homenageia uma das «maiores heranças culturais, a original cerâmica portuguesa».

Nuno Gama voltou a apresentar uma coleção onde as silhuetas são «assumidamente viris», e onde desta vez dominaram o branco e os azuis.

Antes, pouco faltava para as 00:00, Miguel Vieira apresentou a sua coleção para homem e mulher, mas também para crianças. Três meninas e três meninos desfilaram algumas das peças que o designer de moda, que este ano completa 25 anos de carreira, cria a pensar nos mais pequenos.

Na coleção, «em busca das suas origens, o presente encontra-se com o passado e cria uma simbiose perfeita entre o elaborado e o despojado, sem esquecer a construção da peça em si nem aquela que é a sua essência, de que menos é mais, e que o clássico pode ser reinventado mas não deve ser esquecido», referiu Miguel Vieira.

A «maratona» de desfiles arrancou bem antes, pelas 12:00 de sábado, na Praça do Município, onde Luís Buchinho apresentou ao ar livre as suas propostas para a primavera/verão de 2014, que tinha desvendado a 30 de setembro na semana da moda de Paris, França.

Num desfile aberto à cidade, onde a banda sonora incluía o som de ambulâncias e autocarros que passavam na Rua do Arsenal, o designer de moda mostrou uma coleção na qual recriou o seu processo criativo, com uma paleta de cores que remeteu ao papel, à grafite, ao preto, à caneta azul e à tinta-da-china, e que intitulou de «A Página em Branco».

Já dentro do edifício da Câmara Municipal, nos corredores do segundo piso, o desenhador de jóias Valentim Quaresma apresentou «Caos», uma coleção, de acordo com o próprio, «onde as referências ficam ambíguas e se desconstroem linguagens estéticas».

Pouco depois, no mesmo local, foi apresentada a coleção de Os Burgueses, a dupla Mia e Pedro Eleutério, «License to go bananas», onde aquela fruta amarela foi rainha.

A «passerelle» voltou depois a ser montada ao ar livre na Praça do Município, para Ricardo Dourado apresentar «Drop the City», uma coleção inspirada, segundo o próprio, na estética do realizador Gus Van Sant e nos filmes de Larry Clark.

Os desfiles seguiram então no Pátio da Galé, no Terreiro do Paço. Pelas 18:30, Dino Alves apresentou «2D», uma coleção onde, «simplificadas e depuradas ao limite, muitas das vezes as peças parecem apenas quadrados e retângulos enriquecidos com elementos gráficos, que se transformam em peças de roupa, ao cobrirem e taparem o corpo», explicou.

Seguiu-se o desfile do polaco Kamil Sobczyk, o convidado desta edição, no âmbito de uma parceria de intercâmbio entre a ModaLisboa e a semana da moda da Polónia.

A coleção «Yeager», contou, foi criada «a partir da ideia de um homem que explora tudo o que é inexplorado, incomum e misterioso».

A praia chegou com o desfile da marca brasileira Cia Marítima. Para a coleção de 2014, composta por biquinis, fatos de banho, triquinis e alguns vestidos e túnicas, os designers da marca inspiraram-se nos «Gypsetters, quem assume como modo de vida o viajar pelo mundo inteiro atrás de aventuras em destinos invulgares».

Depois, foi a vez de Alexandra Moura mostrar as suas propostas para a estação quente. A designer apostou em silhuetas de linhas retas, simples e modulares, com «pequenas explosões» de volumes e sobreposições. Nas cores, predominaram o branco e o amarelo, e nos tecidos o algodão, as micofibras e o linho.

A 41.ª edição da ModaLisboa termina hoje.

Lusa
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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