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Evelise Moutinho em 18 de Dezembro de 2015 às 16:34
Fotos: Clara Ferreira Alves acarinhada pelo filho e por amigos no lançamento do seu primeiro romance
A escolha da Fundação José Saramago, em Lisboa, para a apresentação de “Pai Nosso”, o primeiro romance da jornalista Clara Ferreira Alves, não foi inocente, uma vez que a autora era amiga do falecido Nobel da Literatura, José Saramago. Por isso mesmo, começou a noite agradecendoa Pilar del Río, a viúva do escritor: 

“A Pilar del Río é a dona desta casa, que tem o nome de um amigo, e é uma boa amiga.Obrigada.” No rol de agradecimentos, a autora não esqueceu alguns amigos especiais, como António Pinto Ribeiro e Anabela Mota Ribeiro, que a acolheram sempre em sua casa, especialmente numa altura em que, durante o processo criativo,  foi vítima de um acidente de viação; ao cientista António Damásio e à sua mulher, Hanna,“pela força do seu exemplo e pela sua integridade, demonstrando que o génio e a integridade são absolutamente compatíveis, e pela presença sempre quente, inteligente e exigente” na sua vida.

Clara Ferreira Alves não escondeu o desassossego interior que foi o processo criativo: “Não tenho nenhum desejo de publicação, tudo isto para mim é uma sessão de tortura. Só fico contente quando estou a escrever, tudo o resto é muito doloroso”, explicou.

“Este livro foi escrito com toneladas de chá, muitas horas de solidão, falta de vida e muito quarto escuro. O sítio onde o escrevi não tinha luz natural e houve dias em que não sabia se era dia ou noite, se fazia sol ou chuva, escrevi-o na companhia do meu cão, o Johnnie”, confessou a autora, para quem a escrita é uma paixão de criança. 

“Pai Nosso”, da editora Clube do Autor, é um romance que se desenrola no Médio Oriente, com as condicionantes e vicissitudes religiosas e políticas desta parte do mundo, onde a vida do dia a dia não é normal e a morte está sempre à espreita.
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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