Fotografias pouco conhecidas de John F. Kennedy em campanha eleitoral, bem como uma camisa e uma carteira do seu assassino integram uma exposição em Washington que homenageia aquele presidente norte-americano, assassinado há 50 anos.

Um dos mais populares presidentes norte-americanos, Kennedy foi morto em Dallas (Texas, sul) a 22 de novembro de 1963, data que o Newseum na capital dos Estados Unidos assinala por antecipação.

A exposição está dividida em duas partes: ¿Creating Camelot¿, com imagens dos bastidores dos Kennedy tiradas por Jacques Lowe que seguiu o candidato democrata em campanha, e ¿Three Shots Were Fired¿, dedicada ao dia do assassinato.

As fotografias de Jacques Lowe, morto em 2001, ¿contribuíram para criar o mito¿ Kennedy, disse Indira Williams Babic, responsável dos documentos visuais do museu, à agência France Presse.

Williams Babic contou que o repórter fotográfico foi escolhido pelo pai do candidato, Joe Kennedy, para seguir a campanha, tendo tido um acesso único à família. Algumas fotografias, muito utilizadas nas revistas, tornaram-se icónicas, adiantou.

Entre elas estão a da bebé Carolina mordendo as pérolas da sua mãe Jackie, mas outras nunca terão sido publicadas, segundo a responsável.

Jacques Lowe tirou em três anos, de 1958 a 1961, 40.000 fotografias, que considerava tão preciosas que as guardou no cofre de um banco, no World Trade Centre em Nova Iorque. Os negativos foram destruídos nos atentados de 11 de setembro de 2001.

Na secção dedicada ao dia do assassinato o visitante pode ler a notícia da agência norte-americana United Press International (UPI) enviada por um jornalista quatro minutos depois dos disparos: ¿Kennedy ferido, talvez morto, por bala assassina¿.

A exposição inclui ainda objetos nunca antes vistos em público, como a camisa que Lee Harvey Oswald usava quando foi detido uma hora e 20 minutos depois do tiroteio e um blusão que terá abandonado numa bomba de gasolina.

A carteira que Oswald tinha na altura da detenção e o cobertor que terá usado para esconder a arma do crime na garagem de um amigo também podem ser vistos no Newseum.

LUSA