O conjunto cor-de-rosa Chanel que Jacqueline Kennedy vestia no dia em que o marido, John F. Kennedy, foi assassinado, em Dallas, é falso.

Quem o afirma é Karl Lagerfeld, 50 anos após o assassinato, dizendo que conjunto - que não vai poder ser leiloado - é uma cópia de um modelo Chanel e foi encomendado longe de Paris.

A revelação aconteceu durante uma entrevista conjunta de Karl Lagerfeld e Carine Roitgled à Style.com, a propósito do livro da duple «Little Black Jacket».

«O primeiro conjunto Chanel que vi - e que soube ser um Chanel - foi na televisão. Era o da senhora Kennedy, o cor-de-rosa», afirmou a estilsta.

No entanto, a afirmação de Roitfeld foi retorquida pelo criador alemão.

«O vestido era falso, uma cópia exata de Cassini [Oleg - amigo dos Kennedy e criador de grande parte do guarda-roupa da primeira-dama norte-americana]. Ela tinha vária peças autênticas da Chanel, mas eram encomendadas pela irmã. Temos todas as provas», afirmou Karl Lagerfeld.

A teoria do diretor criativo da casa Chanel é consubstanciada pela biografia autorizada de Coco Chanel, de Justine Picardie.

De acordo com a autora, Jacqueline Kennedu tornou-se cliente da marca na década de 50, mas foi acusada de despesismo quando foi divulgada uma reportagem na qual se revelava que tinha gasto 30 mil dólares num só dia em Paris. Durante a campanha presidencial do marido, Jackie Kennedy teve de conter os luxos e seguir os conselho da mulher de Richard Nixon: começar a «vestir pechinchas, como qualquer mulher americana».