George Clooney e o elenco do filme político «The Ides of March» estiveram presentes na exibição do filme à imprensa.



O realizador chegou de barco na companhia do restante elenco para apresentarem o filme que marca o arranque da 68ª edição do festival de Veneza que decorre na ilha de Lido, em Itália.

O drama trata da ambição e dos limites da ética pessoal centrada na face oculta da política, com Ryan Gosling e o próprio Clooney como protagonistas.

«Não tenho nenhum interesse em me expor desta maneira. Não quero um posto assim», declarou o ator e realizador após a exibição à imprensa:

«Não o considero um filme político. Como todos os filmes que realizei é muito pessoal», declarou Clooney aos jornalistas, citado pela agência AFP.

«É, antes de tudo, um filme sobre a moralidade», acrescentou.

«Cada país pode entrever o próprio escândalo sexual», declarou Clooney, ao ser questionado sobre o caso do francês Dominique Strauss Khan, ex-diretor do Fundo Monetário Internacional, que foi obrigado a renunciar ao cargo depois de ter sido acusado de crime sexual.

Clooney, conhecido pela militância no Partido Democrata, já viajou até Darfur para dar visibilidade à tragédia do Sudão e todos os filmes que já realizou apresentam um tom político.

«The Ides of March», uma referência à data correspondente do calendário romano (15 de março) na qual foi assassinado Caio Julio César em pleno centro de Roma, aborda um tema de grande atualidade e conta com um elenco excecional: Ryan Gosling, único ausente em Veneza, Philip Seymour Hoffman, Paul Giamatti, Marisa Tomei, Jeffrey Wright e Evan Rachel Wood.

Até 10 de setembro, Cannes vai transformar-se numa montra única para trabalhos de realizadores conceituados como Roman Polanski, David Cronenberg, Abel Ferrara e Johnnie To.

Até Madonna vai apresentar, «W.E.», fora do concurso o seu segundo filme como realizadora.