Um ex-contabilista do Instituto Nóos acusou os dois sócios da instituição, Iñaki Urdangarin (cunhado do rei espanhol) e Diego Torres de criarem uma rede para roubar fundos públicos com sobrecustos, faturas falsas e fraude fiscal.

Urdangarin e a sua mulher, a infanta Cristina, e Torres são alguns dos arguidos no megaprocesso conhecido como caso Nóos, que investiga o alegado desvio de fundos públicos pelo instituto entre 2003 e 2006.

Numa declaração remetida à procuradoria anticorrupção, Marco Antonio Tejeiro descreveu a forma como os dois principais arguidos no processo usaram o instituto, alegadamente sem fins lucrativos, para enriquecer com dinheiros públicos.

Com «poder de decisão absoluto», Urdangarin e Torres eram os «autênticos chefes e líderes do Grupo Nóos» mantendo uma relação de conivência com políticos das regiões autónomas de Baleares e Valência, acusou o contabilista.

Recorde-se que o cunhado do rei espanhol foi constituído arguido em dezembro de 2011 e a sua mulher, a infanta Cristina, a 7 de janeiro, tendo prestado declarações ao juiz instrutor durante seis horas no passado dia 8 de fevereiro.