O julgamento de Conrad Murray, acusado da morte de Michael Jackson, termina hoje a primeira semana de audições de testemunhas arroladas no processo.
Nas próximas audiências ainda serão ouvidos os médicos que se deslocaram à casa do cantor no dia da morte, a 25 de junho de 2009.
As primeiras pessoas a serem ouvidas na primeira semana detalharam a situação dramática vivida na casa do «Rei da pop» em Los Angeles no fatídico dia da morte.
Segundo o diretor de logística de Jackson, Alberto Álvarez, testemunha-chave do caso por ser um dos primeiros a entrar no quarto do cantor em 25 de junho de 2009, o autor de «Thriller» parecia morto quando olhou para ele deitado na cama, ainda antes da chegada das equipas de emergência.
Álvarez entrou no quarto do cantor às 12h20 locais, e o cantor foi declarado oficialmente morto duas horas mais tarde no hospital UCLA de Los Angeles. A testemunha viu Jackson deitado na cama com a cabeça virada para a porta, com os olhos e a boca abertos.
A cena foi presenciada pelos filhos mais velhos do cantor, Prince Michael, 14 anos, e Paris, 13, que se mostraram visivelmente abalados. Álvarez afirmou que no momento Murray realizava uma massagem cardíaca em Jackson de forma pouco ortodoxa, usando uma só mão, e que interrompeu a reanimação para recolher frascos de remédios e um saco que continha propofol, supostamente com a intenção de ocultar provas.
Foi justamente este elemento da equipa de Jackson que chamou os serviços de emergências por indicação de Murray. Durante esta semana a defesa tentou diminuir a credibilidade das testemunhas apresentadas até agora exclusivamente pela acusação e sustenta que foi o próprio Jackson quem, por supostamente ser viciado em medicamentos, tomou a dose fatal de propofol.
Murray deixou o quarto de Jackson durante a manhã do dia 25 para atender uma série de chamadas telefónicas quando achava que o cantor dormia. Os advogados de Murray insistem que o «Rei do Pop» pedia que lhe administrassem propofol para combater as insónias, uma substância de cor branca que ele chamava de «leite».
O julgamento deve prolongar-se até à última semana de outubro.