O julgamento do médico Conrad Murray acusado pela morte de Michael Jackson começa hoje a sua segunda semana, com o testemunho do paramédico que assistiu o «rei do pop» momentos antes da sua morte ser confirmada.
O acusado declarou-se inocente das acusações e arrisca até quatro anos de prisão se receber uma sentença desfavorável .
Está previsto que a primeira testemunha desta segunda-feira, seja o médico de urgências do hospital Ucla Richelle Cooper, cujo testemunho ficou interrompido no final da sessão de sexta-feira passada.
Cooper disse ao tribunal que Michael chegou «clinicamente morto» ao centro médico mas que, mesmo assim, tentaram reanimá-lo, sem sucesso.
O médico disse que, em momento algum, Murray informou a sua equipa de que o cantor tinha recebido propofol horas antes, como posteriormente foi revelado.
Ed Chernoff, advogado de Murray, assegurou ao júri na sua alegação inicial que o médico administrou uma pequena dose de propofol ao artista depois que o «rei do pop» ter «implorado» pelo remédio que, segundo Chernoff, tomava há muito tempo para combater insónias.
A quantidade descrita por Chernoff, no entanto, é inferior à detetada na análise toxicológica realizada durante a autópsia de Michael Jackson.
Murray disse aos médicos que atenderam o cantor no dia da sua morte, que estava a medicar o artista com o tranquilizante lorazepam para ajudá-lo a combater um «esgotamento» e «desidratação», fruto dos ensaios para a série de 50 shows em Londres - «This Is It».