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Internacional
Túmulo de jovem gay linchado até à morte transforma-se em santuário
Daniel Zamudio Foto: DR
Redação Lux em 29 de Outubro de 2013 às 17:02
A história de Daniel Zamudio, de 24 anos, que morreu ao ser atacado por quatro homens num parque no Chile e agredido brutalmente, tem ganho cada vez mais repercussão.

Entre chutos, socos, cortes e queimaduras, os agressores desenharam suásticas no abdómen da vítima com cacos de vidro, cortaram a orelha e, com uma pedra de oito quilos, fraturaram a perna direita de Zamudio.

O guarda que encontrou o jovem na manhã do dia 3 de março de 2012 declarou que «nunca tinha visto uma agressão tão brutal».

Daniel Zamudio permaneceu em coma durante quase um mês. Quando sucumbiu aos graves ferimentos, uma multidão rumou ao hospital e mais de duas mil pessoas acompanharam o enterro.

De acordo com o veredito dado em outubro, os agressores agiram com «crueldade extrema e total desprezo pela vida humana». No entanto, não enfrentarão o agravante de discriminação pela condição sexual do jovem assassinado.

A morte do jovem homossexual gerou comoção e ainda hoje, mais de um ano passado, o seu túmulo é uma espécie de santuário repleto de bilhetes, flores, fotografias e frases de carinho.

O seu sofrimento em vida e a crueldade da morte faz com que Daniel se esteja a converter num mártir. Diariamente, dezenas de pessoas acorrem ao seu túmulo para rezar.

No local do ataque, assinalado com cruzes e flores está a ser planeado um memorial em homenagem ao jovem.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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