Os estilistas italianos Domenico Dolce e Stefano Gabbana podem ser presos por dois anos e meio pela acusação de evasão fiscal.
Dolce e Gabbana são acusados de não declarar impostos e foram condenados a pagar 343,4 milhões de euros, no passado mês de março, num dos poucos casos fiscais de alta notoriedade a ir a tribunal em Itália.
Os estilistas, que têm a cantora pop Madonna e a modelo Naomi Campbell entre os seus clientes e se inspiram no estilo da «doce vida» na Itália da década de 1950, negaram as acusações.
Os promotores dizem que os dois venderam as marcas D&G e Dolce&Gabbana à empresa de fachada Gado, criada em 2004, no Luxemburgo, para evitar o pagamento de impostos em Itália, onde os impostos sobre as empresas estão entre os mais altos do mundo.
De acordo com o promotor Gaetano Ruta, Dolce e Gabbana foram as pessoas que «indiretamente» mais beneficiaram com a operação. «A Gado era controlada em 80% pela D&G, que por sua vez pertencia 50% a cada um dos sócios Dolce e Gabbana».