Carla Bruni é a protagonista da capa da revista Elle francesa.

A ex-primeira dama dá à publicação a primeira entrevista desde a sua saída do Eliseu numa conversa intimista onde evidencia a «crueldade» de que foi alvo,nomeadamente em relação à sua forma física, após ter sido mãe de Julia aos 43 anos.

«De tempos a tempos sinto necessidade de falar por mim já que tantos o fazem por mim e ainda por cima com informações falsas! Até aqui, a minha posição não me permitia exprimir livremente. Hoje em dia, já posso fazê-lo», explica a mulher de Nicolás Sarkozy.

«Senti-me magoada pelos ataques pessoais, sobre o meu corpo, por exemplo. Devia haver limites para usar esse tipo de argumentos no combate político. Depois de uma gravidez, ficamos esgotadas, sobretudo aos 43 anos. Eu não tive qualquer clemência, fui alvo de crueldade. É um período difícil: queria apoiar o meu marido na sua campanha e, ao mesmo tempo, não queria sair de casa, não queria que me tirassem fotografias, sentia vontade de chorar de tão cansada, estava frágil. O enorme contraste entre a doçura da vida em família, em casa, com a bebé e a brutalidade do mundo exterior foi violento».