Largeut está no oitavo mês de gravidez e inspirou-se na produção protagonizada por Demi Moore para a revista «Vanity Fair», em Agosto de 1991, para também posar de perfil e grávida para a edição de Novembro da revista «Femme du Maroc».
A apresentadora é a primeira mulher marroquina a prestar-se àquilo que a comunidade islâmica classifica de atrevimento.
A polémica em Marrocos não se fez esperar. A sociedade marroquina encontra-se dividida entre a facção mais conservadora que considera as fotos uma utilização sexista da mulher e a ala mais liberal que considera a capa com uma acto de afirmação do poder da mulher.
Do conservadorismo ao extremismo a distância é curta. Os mais conservadores e uma boa parte dos meios de comunicação social do país acusam a revista de ser apologista da pornografia e criticam aquilo que consideram ser um desafio à moral social do país.
A apresentadora por seu turno defende-se e afirma que aceitou o convite para tentar introduzir em Marrocos «um ar de liberdade e modernidade» apostando na figura da mulher como mais um membro da sociedade em pé de igualdade com os homens.
Os responsáveis da revista «Femme du Maroc», publicada em francês, e conhecida pelo seu papel na defesa dos direitos e liberdades das mulheres adiantam que as fotos da discórdia vão muito para além da simples nudez.
Os editores acreditam que é uma forma de levantar o véu sobre um problema em crescendo num país como Marrocos: o aumento do número de filhos resultantes de relações extra-conjugais, o problema do aborto, sublinhando a forma crescente das mulheres nos tempos actuais.
Veja, em baixo, a foto de Demi Moore para a «Vanity Fair» que serviu de inspiração à produção de Nadia Larguet